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Política & Poder

Lula tenta corrigir atrito com agronegócio e fala em ‘produtores responsáveis’

Lula também prometeu a criar o programa Mais Alimentos, que já existiu durante seu governo, para estimular a produtividade da agricultura familiar

Redação Jornal de Brasília

02/09/2022 12h41

O ex-presidente Lula, candidato do PT ao Planalto, durante comício em Manaus – Michael Dantas – 31.ago.2022/AFP

Depois de “comprar briga” com o agronegócio ao dizer, em sabatina no Jornal Nacional, que parte do setor é fascista, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira, em Belém (PA), que há no País grandes produtores rurais com responsabilidade ambiental.

“Nós temos que criar na sociedade brasileira a consciência de que a manutenção da floresta [amazônica] em pé é mais saudável, é mais rentável do que tentar derrubar árvores para plantar soja, para plantar milho, plantar cana ou criar gado”, disse Lula em encontro com povos indígenas na capital paraense. “Os grandes produtores que têm responsabilidade, porque vendem seus projetos do mercado estrangeiro, não querem correr risco de ser prejudicados porque estão praticando violência contra a nossa Amazônia”, acrescentou.

Para Lula, é preciso “evitar” quem age com irresponsabilidade no agronegócio. “Fazem discurso que é preciso desmatar, fazer queimada. Essa gente não são as pessoas responsáveis que trabalham dignamente para produzir e vender”, disse o candidato do PT.

Lula também prometeu a criar o programa Mais Alimentos, criado em 2008, durante seu governo, para estimular a produtividade da agricultura familiar. O programa, contudo, está em vigor.

“A agricultura familiar (que) se prepare para produzir mais. Porque nós vamos criar uma coisa chamada Mais Alimentos para que aumente a capacidade produtiva, para que tenha mais comida no mercado e para que a inflação não proíba o povo de comprar o que comer”, declarou Lula no encontro com povos indígenas em Belém.

O petista ainda voltou a prometer à agricultura familiar expansão do crédito para a produção e compra de equipamentos. A medida seria viabilizada por meio dos bancos públicos brasileiros.

Estadão conteúdo

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