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Política & Poder

Lula quer reunir ‘presidentes democratas’ para combater extrema-direita

Segundo Lula, seu retorno ao poder gerou uma “alegria internacional” em oposição ao crescimento da extrema-direita no mundo

Redação Jornal de Brasília

23/04/2024 15h21

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira (23), planos de organizar um encontro de “presidentes democratas” para discutir estratégias de combate ao crescimento da extrema-direita no mundo.

Lula, que encerrou quatro anos de governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) e assumiu seu terceiro mandato no ano passado, disse que a reunião aconteceria à margem da Assembleia Geral da ONU em setembro.

“Estou tentando ver se a gente consegue fazer uma reunião com os chamados presidentes democratas […] para a gente definir uma estratégia de como vamos a nível internacional enfrentar o crescimento da extrema-direita e suas matrizes”, disse o presidente em um encontro com jornalistas em Brasília.

Ele afirmou ter discutido essa iniciativa com seus pares da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron, mas não deu detalhes sobre os possíveis governantes convidados ou a data da reunião.

Segundo o presidente brasileiro, seu retorno ao poder gerou uma “alegria internacional” em oposição ao crescimento da extrema-direita na região e no mundo.

“Se você pegar a América do Sul hoje, percebe que houve um retrocesso pelo crescimento da extrema-direita, da xenofobia, do racismo, da perseguição das minorias, a pauta de costumes muitas vezes com assuntos retrógrados”, apontou.

“Isso ganhou corpo e por isso o Brasil ganhou destaque, porque no cenário mundial o Brasil é polo de resistência disso tudo”, acrescentou Lula, destacando um aumento dos movimentos extremistas também na Europa.

O petista fez uma breve menção à manifestação pró-Bolsonaro no domingo no Rio de Janeiro, na qual o ex-presidente acusou o governo de querer “uma ditadura” e instou a “continuar a luta” para defender a liberdade de expressão, “ameaçada” no Brasil.

“Não me preocupam os atos dos fascistas não”, concluiu.

© Agence France-Presse

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