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Política & Poder

Lula e Lira devem se reunir em reta final para reforma ministerial

Há uma previsão de que o encontro ocorra ainda na noite desta quarta-feira (16) no Palácio da Alvorada

Redação Jornal de Brasília

16/08/2023 19h50

Foto: Sergio Lima/AFP

JULIA CHAIB, VICTORIA AZEVEDO, THIAGO RESENDE E CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Sob pressão do centrão e com o risco de ver a pauta de seu governo estagnada no Congresso Nacional, o presidente Lula (PT) articula um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em mais um movimento para concretizar a entrada de PP e Republicanos na Esplanada dos Ministérios.

Há uma previsão de que o encontro ocorra ainda na noite desta quarta-feira (16) no Palácio da Alvorada. A reunião se dará após semanas de especulação e de queda de braço entre os dois políticos.

A expectativa de aliados do governo e do parlamentar é que Lula apresente a Lira cenários possíveis para acomodação dos dois partidos em seu ministério para, num segundo momento, se reunir com líderes das respectivas legendas.

Nas últimas semanas, a ala política do Executivo traçou diferentes hipóteses para esse desenho, desde uma dança das cadeiras entre os atuais ocupantes das pastas até a criação de novos ministérios. Já é certo que os deputados André Fufuca (PP-MA), líder da legenda na Câmara, e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão ministros do governo.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, aliados afirmam que Lula deverá bater o martelo sobre essas mudanças até esta sexta-feira (18), já que o presidente embarca para nova viagem ao exterior no domingo.

Além disso, auxiliares do presidente alertam para o risco de estagnação da pauta de interesse do Executivo no Congresso caso o petista adie mais uma vez a definição sobre o desenho da Esplanada dos Ministérios.

Nesta semana, a votação do novo arcabouço fiscal, matéria considerada prioritária para o governo, voltou a ser adiada na Câmara.

Esse encontro também ocorre num momento em que há ruídos entre Lira e Fernando Haddad (Fazenda), após declarações do ministro sobre o “poder muito grande” da Câmara, que contribuíram para azedar o clima entre Executivo e Legislativo.

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