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Política & Poder

Lula confirma o envio das Forças Armadas ao Rio

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, já havia prometido o envio de mais homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro hoje (24)

Camila Bairros

24/10/2023 11h13

Foto: Reprodução

Após passar por cirurgias nas pálpebras e no quadril no começo do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer uma transmissão em rede social, e confirmou que o governo federal irá enviar reforços das polícias federais e das Forças Armadas para combater a crise de segurança pública que vive o Rio de Janeiro.

Ontem (23), milicianos incendiaram 35 ônibus na cidade, o recorde de ataque feito em um único dia na história. E os efeitos disso seguiram sendo sentidos pelos moradores nesta terça-feira, já que a rede de transporte público foi afetada.

Lula disse que a Aeronáutica faça uma maior intervenção nos aeroportos, que a Marinha atue mais firmemente nos portos, para que “a gente consiga combater mais o crime organizado, o narcotráfico e o tráfico de armas. Vamos ter que agir um pouco mais”, revelou o presidente.

Ainda ontem, por meio da rede social ‘X’, Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, prometeu envio de mais homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (24), para ajudar na intervenção na capital fluminense junto às autoridades estaduais.

O presidente ainda ressaltou que um problema que acontece em determinado lugar afeta todo o País. “Nós queremos compartilhar a solução dos problemas que os estados têm com o governo federal. Não queremos lavar as mãos e dizer: ‘o problema da violência é do Rio, o problema da enchente é do Rio Grande do Sul, o problema da seca é da Amazônia’. Não. É um problema do Brasil”, completou.

A criação de um ministério específico para cuidar da segurança pública também é uma pauta que está sendo avaliada pelo governo. Foi algo proposto ainda na campanha e na transição, porém, na época, Lula optou por não dividir as atribuições do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Uma intervenção no Rio de Janeiro, como a que aconteceu em 2018, com Michel Temer, não é um desejo de Lula por agora. Na época, a segurança pública do estado ficou à cargo do governo federal, que nomeou como interventor o general Walter Braga Netto, que depois foi ministro de Bolsonaro.

Terror

O terror que está vivendo o Rio de Janeiro teve início com a morte de um miliciano na tarde de ontem (23), na Zona Oeste. Desde então, ao menos 35 ônibus e um trem foram queimados a mando de criminosos na região. Entre os coletivos queimados, 20 são da operação municipal, cinco do BRT e outros de turismo/fretamento.

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