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Política & Poder

Líder do PNI diz que deixou o cargo por “politização” anti-vacina de Bolsonaro

Para Franciele Fantinato, o líder da nação traz elementos que “colocam em dúvida” a importância da vacinação

Willian Matos

08/07/2021 11h13

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Franciele Fantinato disse à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (8) que pediu para deixar o cargo devido ao que ela classificou como “politização do assunto”. Para Franciele, o presidente Jair Bolsonaro, que ela citou como “líder da nação”, bem como “diversos membros”, politizaram o assunto e causou prejuízos à vacinação da população brasileira.

Franciele pediu para deixar o cargo no início deste mês, e sua exoneração foi publicada na quarta-feira (7). “Essa politização do assunto chegou no limite em que eu decidi caminhar com as minhas questões pessoais”, explicou aos senadores.

Perguntada sobre quem cometeu tal politização, ela citou, inicialmente, “diversos membros” que promoveram “falas públicas em relação a esse tema”. Depois, citou o “líder da nação” e exaltou a importância da vacinação.

“Há de se convir que não dá para colocar em dúvidas a vacinação enquanto um meio efetivo para controle da pandemia. Quando a gente tem ciência e segurança no produto que a gente tá usando, quando os resultados apontam de forma favorável que aquilo pode trazer um resultado para a população, ter uma politização do assunto por meio do líder da nação, que traz elementos que, muitas vezes, colocam em dúvida”, descreveu Franciele antes de ser interrompida por conversas paralelas dos senadores.

Franciele seguiu ressaltando evidências científicas quanto à vacinação e afirmou que “a gente espera que todas as pessoas falem em prol da vacinação”. “Qualquer pessoa que fale contrário à vacinação vai trazer dúvidas à população brasileira”, frisou.

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