O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, indicou que o governo federal pode recuar com a proposta do que foi chamado de “auxílio-diesel”, um benefício mensal de R$ 400 dado a caminhoneiros. “Pensar que R$ 400 não vai dar 80 litros de combustível, e isso vai rodar 160 km, R$ 400 não é nada. Agora, se parar para pensar que o cara tem uma renda de R$ 2 mil por mês, R$ 400 vai ser 20% a mais na renda dele”, concluiu o ministro.
A fala de Tarcísio, que ocorreu nesta quarta-feira (27), acontece menos de uma semana após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar o projeto. No dia, a proposta não foi bem recebida pelo setor, que vem ameaçando realizar uma greve em todo o país no dia 1° de novembro. A principal motivação da paralisação é exatamente as recentes altas no preço do diesel.
De acordo com o ministro, a medida seria para realmente auxiliar a classe. “Não é uma coisa ofensiva, é uma ajuda importante. Seria um sacrifício do governo, um esforço fiscal para tentar dar a mão para uma categoria que é importante, que movimenta o Brasil e que está passando por uma situação difícil”, continuou.
“Agora, entendo que se a reação é muito negativa, talvez não valha a pena insistir nisso”, finalizou o ministro, que participou de um almoço com deputados da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.
Segundo Bolsonaro, cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos seriam atendidos pelo auxílio, que valeria até dezembro de 2022, logo após as eleições presidenciais.