Menu
Política & Poder

Grupo de Cidades na transição tem França e Campos indicados

O ex-governador de SP, Márcio França (PSB), afirmou que foi indicado pela legenda para compor o grupo técnico da área de Cidades

Redação Jornal de Brasília

09/11/2022 12h14

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

NATHALIA GARCIA E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF

O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou nesta quarta-feira (9) que foi indicado pela legenda para compor o grupo técnico da área de Cidades na equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Na transição, nosso partido indicou a mim e ao João Campos [prefeito do Recife] para ocupar um espaço de coordenação na área de Cidades. Porque fui prefeito e porque ele é prefeito da maior cidade do país governado por nós”, afirmou França após encontro com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin em um hotel em Brasília.

O objetivo do partido foi contemplar dois estados em que o PSB tem força. França também é cotado para ocupar algum ministério de Lula. São citadas como opções, além de Cidades, a pasta de Ciência e Tecnologia; e Desenvolvimento Indústria e Comércio.

França disse não saber quando seu nome será anunciado. “Não sei qual vai ser a sequência dele [do vice-presidente Geraldo Alckmin], mas dia ou menos dia fará isso [anúncio]”, disse.

De acordo com o ex-ministro Aloizio Mercadante, responsável pela coordenação de grupos técnicos, os nomes de todos os integrantes dos grupos devem ser anunciados até quinta-feira (10).

“O papel dos grupos é fazer um diagnóstico detalhado de cada um dos ministérios. Saber como é que está a situação orçamentária, estrutura administrativa, as carências e discutir as prioridades do programa para o início do próximo governo. Então, é isso que nós esperamos e eu imagino que entre hoje [quarta] e amanhã [quinta] a gente já anuncie praticamente todos os grupos”, afirmou.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que será um dos coordenadores da área da saúde, afirmou ao chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) -onde serão concentrados os trabalhos da transição- que uma reunião da coordenação geral com todos os grupos setoriais deverá ser realizada ainda nesta semana. Na ocasião, as primeiras diretrizes serão transmitidas para que cada grupo comece a trabalhar em seus programas.

Segundo França, as áreas da Defesa, Meio Ambiente e Cultura são os próximos focos do governo de transição. “Economia deu uma caminhada, agora vamos para Defesa, Meio Ambiente, Cultura”, afirmou.

Pelo PSB, também integrarão a transição o presidente da legenda, Carlos Siqueira, e o ex-deputado Floriano Pesaro -nome de confiança de Alckmin, ele será responsável pela coordenação executiva.

O grupo de transição é formado por 50 pessoas que serão nomeadas em cargo comissionado e mais uma série de colaboradores.

Na terça-feira (8), Alckmin assinou a portaria que instituiu o gabinete de transição do governo, listando os 31 grupos técnicos temáticos.

O vice eleito também confirmou os coordenadores do grupo técnico da economia: Persio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello.

No grupo, Lula optou por uma divisão da área entre dois economistas com passagens pelo mercado e histórico liberal (Arida e Resende, embora as ideias do último tenham provocado reações entre colegas nos últimos anos) e dois representantes diretos do partido (Barbosa e Mello), que defendem a flexibilização de certas regras, como o teto de gastos, para atender principalmente a demandas sociais.

Para o ex-governador paulista, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) é o caminho mais “fácil” para encaminhar a solução para o Orçamento de 2023. Um dos principais problemas é a ausência de recursos suficientes para bancar o benefício mínimo de R$ 600 do Auxílio Brasil -que deve voltar a se chamar Bolsa Família.

No entanto, vê a medida como uma regra de exceção, que deveria ser temporária.

“Pelo menos no primeiro momento, é mais fácil. O que não podemos fazer é ter essa regra sempre, essa é uma regra de exceção, como foi feita no último ano do governo, é natural que se faça no começo do governo também. A gente tem de usá-la excepcionalmente”, disse.

“A partir de 2024, tem de estar encaixado no Orçamento”, acrescentou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado