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Política & Poder

Governo vai financiar 6.500 leitos de UTIs convencionais e renovar 14 mil para Covid

Estes novos leitos de UTI convencionais haviam sido criados para o atendimento de pacientes da Covid no auge da pandemia

FolhaPress

27/01/2022 17h39

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Mateus Vargas

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (27) que vai financiar, a partir de março, mais 6,5 mil leitos de UTI regulares do SUS. Com esta decisão, cerca de 30 mil leitos deste tipo vão receber recursos do governo federal para custeio. A Saúde também irá aumentar o valor da diária para funcionamento destas unidades.

Por causa do avanço da variante ômicron, a pasta ainda vai manter o pagamento de diárias para funcionamento de 14 mil leitos de UTI específicos para Covid até o fim de fevereiro. Também abriu uma janela para estados e municípios pedirem, se necessário, o pagamento a mais leitos de tratamento do novo coronavírus.

Estes anúncios foram feitos durante reunião entre conselhos de estados (Conass), municípios (Conasems) e o Ministério da Saúde, com a assinatura de três portarias. Estes novos leitos de UTI convencionais haviam sido criados para o atendimento de pacientes da Covid no auge da pandemia. Sem o financiamento federal, muitos seriam fechados.

Os gestores do SUS anunciaram, em dezembro, acordo para incorporar estas unidades à rede convencional do SUS. Também definiram o reajuste das diárias pagas pelo ministério para custeio dos leitos.

O custo das diárias muda conforme a complexidade do atendimento que é feito em cada leito. Nas unidades “tipo II”, para pacientes de nível de atenção alto, por exemplo, passará de R$ 478,72 para R$ 600 no primeiro semestre de 2022. No segundo semestre será de R$ 650.

Durante a reunião de gestores do SUS, o ministro Marcelo Queiroga disse esperar que a termine o “caráter pandêmico” da Covid-19 em 2022. “A ômicron não deve ser desprezada. Mas estamos bem mais preparados para dar a resposta”, disse o ministro, que defendeu o avanço da campanha de vacinação.

O vice-presidente do Conass e secretário do Amapá, Juan Mendes Silva, afirmou que o avanço da variante “representa impacto importante” e pediu atenção ao financiamento de leitos pediátricos. Ele declarou que 28% dos internados por Covid no Amapá têm menos de 12 anos.

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