Menu
Política & Poder

“Foi uma questão territorial”, diz Tarcísio sobre Paraisópolis

“Foi um ato de intimidação, um recado do crime organizado. Para mim é uma questão territorial, não tem nada a ver com política”, disse o candidato

Geovanna Bispo

17/10/2022 16h33

Poucas horas após o tiroteio durante visita em Paraisópolis, o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre o ataque.

O ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro afirmou desacreditar que o ataque tenha tido motivações políticas. “Foi um ato de intimidação, um recado do crime organizado. Para mim, é uma questão territorial. Não tem nada a ver com política”, disse.

O candidato participava da inauguração do Primeiro Polo Universitário, na Zona Sul de SP, quando o tiroteio começou. “Enquanto conversávamos, começamos a ouvir tiros. A primeira impressão que eu tive foi ‘acho que é uma forma de intimidar. De dizer: vocês não são bem-vindos aqui’, mas achei que fosse ficar nisso”, começou o candidato.

“Continuamos conversando e, mais tarde, vieram mais tiros e gritaria. O pessoal começou a gritar ‘abaixa, vão atirar aqui’. Até o momento que uma pessoa entra e diz: ‘tem que tirar ele daqui que o problema é ele’.” O evento precisou ser interrompido e Tarcísio foi retirado do local escoltado por seguranças.

“Segundo a equipe de segurança, quatro motocicletas, com dois elementos em cada, começaram a rondar o instituto em que estávamos, fotografaram nosso pessoal e perguntaram se eram policiais. Logo depois eles saíram e voltaram armados”, continuou.

Pouco tempo depois, por meio do Twitter, o candidato informou que estava bem.

Ainda que inicialmente tenha afirmado ter sofrido um ataque, nesse novo discurso o candidato negou ter dito isso. A Polícia Civil de SP investiga se o tiroteio realmente teve relação com a visita de Tarcísio.

Bolsonaro

Padrinho de Tarcísio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, poucas horas após o ataque, que ainda é cedo para dizer se houve ou não motivação política no tiroteio.

“Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou Bolsonaro, no Palácio do Alvorada durante pronunciamento ao lado do ex-senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Agripino Maia (União-RN).

O candidato à reeleição ainda afirmou que, mesmo ainda sem comprovação, a segurança de Tarcísio precisa ser reforçada.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado