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Política & Poder

Flávio Bolsonaro: recebo mais que sócio em loja porque levo mais clientes

O parlamentar disse que comprou a loja em parceria com sua esposa, Fernanda Bolsonaro, com quem é casado em regime de comunhão parcial de bens

Redação Jornal de Brasília

19/12/2019 20h21

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) chamou de “absurdas” as suspeitas de que a loja de chocolates da qual é sócio em um shopping center na Barra da Tijuca seria usada para lavar dinheiro advindo de suposta prática de “rachadinha” durante o tempo em que foi deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Em um vídeo publicado no YouTube nesta quinta-feira, 19, Flávio se defendeu do que definiu como uma “narrativa absurda”. “Se quisesse lavar dinheiro, não abriria uma franquia, que tem controle externo”, explicou. Segundo o filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro, também faz sentido que ele receba mais dividendos da loja do que seu sócio, apesar de ambos terem 50% do empreendimento, porque ele leva “mais clientes à loja”. “Não é natural que na hora da distribuição dos lucros eu tenha uma parte maior? Qual o problema nisso?”

O parlamentar disse que comprou a loja em parceria com sua esposa, Fernanda Bolsonaro, com quem é casado em regime de comunhão parcial de bens. “Nossos bens se comunicam, não tem nenhum problema ela pagar uma parte da loja que a gente comprou “

Sobre a grande quantidade de depósitos em dinheiro recebida pela loja de chocolates, o senador disse que se trata de outra obviedade. “As pessoas pagam em dinheiro, é óbvio, energúmenos.”

O vídeo

No vídeo, o senador disse que os parentes de Ana Cristina Siqueira Valle cujos endereços foram alvos nesta quarta-feira, 18, de mandados de busca e apreensão no contexto de uma investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) trabalharam de fato como seus ex-assessores. Ana Cristina é ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.

“As pessoas trabalhavam em Resende, e como era uma distância longa da cidade até o meu gabinete, trabalhavam lá. Todo político tem isso. Nem sempre os assessores ficam dentro do gabinete”, argumentou o senador. Para o MP, há indícios de que estes ex-assessores poderiam ser funcionários-fantasmas do gabinete de Flávio, então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Apartamentos

No vídeo, o senador se defendeu das suspeitas levantadas pelo MP-RJ de que teria lavado dinheiro obtido por meio de suposta prática de “rachadinha” comprando dois apartamentos em Copacabana, no Rio. A operação envolve R$ 638,4 mil.

“Só porque consegui comprar um apartamento num preço bom, estou lavando dinheiro? São duas quitinetes que eu comprei, de 29 m2, sem vaga na garagem, ‘cacarecadas’, em Copacabana. Comprei de um grupo de investidores americanos que estava saindo do Brasil e eles me ofereceram três imóveis. Como eu não tinha dinheiro, eu comprei só dois”, disse o senador. “É óbvio que eu consegui um preço melhor porque eram dois imóveis dos mesmos vendedores. Eu tenho que comprar mais caro para não ter suspeita? Que loucura é essa?” questionou.

Segundo Flávio, as acusações do MP fazem parte de uma “perseguição absurda do Rio de Janeiro em cima de mim porque querem me atingir para tentar atingir o presidente da República”, Jair Bolsonaro, de quem é filho. O senador também disse que tem um patrimônio “muito menor” do que afirmaria o MP, de R$ 9 milhões. No entanto, o parlamentar não citou valores.

Boleto

Sobre a afirmação do MP de que o policial militar Diego Sodré de Castro Ambrósio teria pago um boleto de R$ 16.564,81 emitido em nome da esposa do senador, Fernanda Bolsonaro, o parlamentar disse que Diego, que é seu amigo, teria pago o boleto porque “o banco já tinha fechado e eu não tinha aplicativo no telefone na época”. O boleto é referente a uma parcela de um apartamento. O valor do pagamento não foi mencionado pelo senador no vídeo publicado.

“Qual o problema nisso? Aí vão cruzar as informações dos depósitos bancários… Como ele Diego é um pequeno empresário bem-sucedido, comprava produtos na minha loja no final do ano para dar de presente para os seus clientes”, disse Flávio, em referência à loja de chocolates da qual é sócio em um shopping center na Barra da Tijuca, no Rio e Janeiro.

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