Menu
Política & Poder

Fabiano Contarato expõe fala homofóbica de depoente na CPI

Financiador de notícias falsas, Otávio Fakhoury atacou o senador nas redes sociais

Willian Matos

30/09/2021 11h47

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) expôs nesta quinta-feira (30), na CPI da Pandemia, um comentário homofóbico do empresário Otávio Fakhoury, que depõe hoje à comissão.

Contarato assumiu momentaneamente a presidência da CPI antes da sabatina a Fakhoury e apresentou o comentário abaixo, feito pelo empresário nas redes sociais:

Foto: Reprodução/TV Senado

Contarato afirmou que “não consegue entender um ser humano que tem maioridade” a cometer crime de homofobia. “Qual a imagem que o senhor vai deixar aos seus filhos? O senhor pode ter todo o dinheiro do mundo. Eu tenho minha vida modesta e com muito orgulho, cuidando da minha família com orgulho com meu esposo e com meus dois filhos. Eu quero que eles tenham a certeza de que eu lutei e vou continuar lutando para reduzir essa desigualdade que há no Brasil”, declarou o senador.

“O senhor não sabe como é difícil expor a mim, minha família e meus filhos num momento tão delicado como esse. Mas é necessário isso para que outros não sofram o que eu estou sofrendo. Se o senhor faz isso comigo como senador da República, imagine no Brasil, que mais mata a população LGBTQIA+”, indagou Contarato.

Em seguida, o depoente Otávio Fakhoury se desculpou pelo comentário homofóbico.

Financiador de fake news

Otávio Oscar Fakhoury é acusado de financiar a produção e disseminação de notícias falsas sobre a pandemia. O empresário é dono do site Crítica Nacional e vice-presidente do Instituto Força Brasil, veículos que divulgam fake news a respeito da covid.

Fakhoury é investigado no inquérito das Fake News, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário comparece à CPI a pedido do vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo Randolfe, Otávio Fakhoury “foi identificado como o maior financiador de disseminação de notícias falsas” produzidas por sites como Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo. “Esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia”, justifica o senador.

Fakhoury entrou na mira da CPI em agosto, quando os senadores aprovaram a quebra dos sigilos bancário, telefônico, telemático no período de abril de 2020 até então, bem como o sigilo fiscal do empresário de 2018 para cá. Os senadores já receberam documentos da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e dos bancos Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Santander e Paypal a respeito do empresário.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado