Convocado para prestar depoimento na CPI da Saúde, o ex-assessor da Casa Civil do Governo de Brasília, Caio Barbieri, declinou do compromisso marcado para a manhã desta sexta-feira (5). Em gravações registradas pela presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, Caio menciona supostos esquemas de corrupção. Ele foi exonerado logo após a divulgação dos áudios. Barbieri era um dos nomes esperados para depor, junto com Marcos Junior, ex-subsecretário da pasta de Infraestrutura e Logística (Sulis).
Em texto enviado ao deputado Wellington Luiz, presidente da CPI, o ex-assessor alega estar em compromissos pessoais fora de Brasília. Ele argumenta não ser “testemunha presencial de nenhum ilícito e não pratiquei nenhum ilícito civil, administrativo ou penal”. Caio Barbieri é jornalista. No texto, ele também diz que eventuais informações a que teve acesso estão protegidas pelo sigilo de fonte.
“As gravações ambientais, realizadas pela presidente do Sindsaúde, já se tornaram públicas e apenas posso testificar que, de fato, os diálogos existiram. Todavia, as gravações ambientais já provam, por óbvio, a ocorrência do próprio diálogo”, escreveu Caio. “Quanto ao conteúdo dos mencionados diálogos, nada tenho a acrescer”, completou.
A CPI da Saúde apura um suposto pagamento de propina que ocorreria no GDF, na Secretaria de Fazenda e Secretaria de Saúde. A acareação entre o vice-governador, Renato Santana, e a presidente da SindSaúde, Marli Rodrigues, pivôs do escândalo, está marcada para o próximo dia 15, na Câmara Legislativa.
