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Política & Poder

“Eu vim aqui para trabalhar pelo Brasil”, diz Queiroga

Sem dar detalhes de futuras ações, Queiroga deixou explícito que seguirá ordens de Bolsonaro. “A política de saúde não é do ministro, é do presidente”

Willian Matos

16/03/2021 10h34

Foto: Reprodução

O mais novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou nesta terça-feira (16) ao Ministério para uma reunião com Eduardo Pazuello, que está prestes a ser substituído. Queiroga declarou que vai seguir as ordens do presidente Jair Bolsonaro. “Eu vim aqui para trabalhar pelo Brasil”, disse.

“Eu não tenho avaliação da gestão Pazuello. Eu não vim aqui para avaliar a gestão Pazuello, eu vim aqui para trabalhar pelo Brasil juntamente com o general Pazuello e com os outros ministros do governo Bolsonaro”, declarou Queiroga, na chegada ao Ministério.

"Eu não tenho vara de condão para resolver os problemas da saúde pública brasileira."

Marcelo Queiroga, novo ministro da Saúde

Ao chegar na sede, Queiroga chamou a atenção de jornalistas por conta da aglomeração. “Quero o apoio de vocês para que juntos consigamos vencer a pandemia de covid-19. E não fiquem aglomerados assim, pessoal.”

Após a reunião, o novo ministro deve falar novamente com a imprensa. A data da posse de Queiroga vai depender de definição do presidente Jair Bolsonaro. Ressalta-se ainda que a oficialização no Diário Oficial da União (DOU) ainda não foi publicada.

Quarto ministro

Queiroga será o quarto ministro da saúde em cerca de um ano. A nova substituição ocorre porque Bolsonaro vem sendo pressionado a ter alguém que aja com mais avidez no combate à covid-19. Antes, o Ministério teve Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga também é diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa-PB. Queiroga é médico há mais de 30 anos, formado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e residente em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista e, atualmente, cursa doutorado Bioética na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal.

Em entrevista à Folha, Queiroga dissera que o presidente conhece seu trabalho, mas que esperaria o posto vagar oficialmente: “Um médico não assume o plantão de outro”. “O cargo é do presidente da República, existe essa possibilidade desde que eu entrei. Eu poderia ficar a curto, médio e longo prazo. Estamos a médio prazo. O presidente está pensando em substituição, avaliando nome, conversei com ele e Ludhmila [Hajjar, que foi cotada para o cargo] e claro que estou a disposição de ajudar a todos que vierem aqui”, afirmou.

“É continuidade, não há rompimento. Os senhores não estão acostumados com isso, estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Nós faremos a transição de forma correta e de continuidade quando nos for determinado”, completou.

Antes de acertar com Queiroga, Bolsonaro tentou a cardiologista Ludhmila Hajjar. A médica, no entanto, recusou o convite. Ludhmila tem postura completamente contrária às crenças de Bolsonaro.

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