Menu
Política & Poder

Ernesto se contradiz e não responde sobre intervenções

Por duas vezes Araújo afirmou que não havia sido orientado pelo presidente Bolsonaro de fechar acordos com certos países e uma vez que sim

Geovanna Bispo

18/05/2021 15h26

Foto: Pedro França/Agência Senado

Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) o ex-chanceler Ernesto Araújo se contradisse diversas vezes sobre suas intervenções quanto a negociações de vacinas contra a covid-19. “Não me recordo de reuniões em que se falasse ‘vamos comprar tal vacina ou vamos comprar tal vacina’.”

Por duas vezes Araújo afirmou que não havia sido orientado pelo presidente Bolsonaro de fechar acordos com certos países e uma vez que sim, ele foi orientado sobre o tipo de contratos que deveriam ser fechados. “Eu jamais participei de qualquer decisão de boicotar qualquer vacina”, concluiu.

Cloroquina

Mais cedo, Araújo afirmou que houve importação de insumos da Índia para produção de cloroquina no Brasil. Ele teria atuado frente ao Ministério das Relações Exteriores e disse que, com a alta na procura do fármaco, “um remédio muito importante que tenha seu estoque preservado”, foi necessário garantir a reserva do medicamento.

Em março do ano passado, havia uma expectativa de que o remédio poderia tratar e até prevenir a covid-19. “Não só no Brasil”, como disse o ex-chanceler, o que teria levado a diminuição do estoque do medicamento, anteriormente utilizado apenas contra doenças reumatológicas e malária.

Em outros depoimentos da Comissão, representantes já haviam informado de suposta reunião para mudanças na bula do medicamento, de modo que ela pudesse ser incluída no tratamento contra a covid.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado