Aconteceu agora a coletiva de impresa com o promotor de justiça Tiago Lisboa, que atua no GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), para falar sobre o caso do bolsonarista que assassinou um petista em Foz do Iguaçu-PR.
O promotor começou a coletiva informando que o Grupo se junta à Polícia Civil na investigação do crime. “O GAECO passa a acompanhar de perto os depoimentos e perícias, intensificando a anáçlise das provas”. Mas Tiago deixou claro que a liderança da investigação segue sendo da PC.
Como falado na coletiva, o primeiro passo é descobrir o motivo de Jorge José Guaranho estar no local. É importante saber se ele já sabia previamente que seria realizado um evento com o tema do Partido dos Trabalhadores. Conforme informado pelo promotor do que foi apurado preliminarmente, José seria membro de uma associação nas imediações e estaria fazendo uma ronda externa.
A delegada responsável pelo caso é Iane Cardoso, que foi criticada por uma postagem de cunho político, onde critica o PT. Sobre isso, o promotor afirmou que a delegada é completamente competente, e que um posicionamento político-partidário não deve a impedir de exercer sua profissão. “Isso não deve interferir nas investigações. As pessoas têm seus posicionamentos políticos e, eventualmente, os externam, mas isso não deve impedir que exerçam, com responsabilidade, suas funções”.
Tiago ainda declarou que a prisão preventiva de José Guaranho já foi decretada, mesmo que ele ainda esteja internado em estado grave. No último boletim médico, informado ontem (10), o bolsonarista estava na enfermaria aguardando vaga na UTI.
O crime
Um policial penal federal bolsonarista invadiu uma festa de aniversário e matou a tiros o guarda municipal e militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, que fazia 50 anos. O crime aconteceu na madrugada de domingo (10), em Foz do Iguaçu-PR.
O petista tentou reagir e efetuou disparos contra o agressor Jorge José da Rocha Guaranho, que já caído, foi agredido por convidados do evento. Segundo o promotor Tiago Lisboa, esses agressores estão sendo investigados e um outro inquérito deve ser aberto para o caso.
A Polícia Civil do Paraná a princípio disse que Guaranho também tinha morrido, mas a informação depois foi corrigida. O petista faleceu e o corpo já está sendo velado.
Como informado pela investigação, ambas as armas de fogo que foram apreendidas no local do crime são institucionais.