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Política & Poder

Eduardo Serra, do PCB, diz que tentará extinguir polícias no RJ

A ideia seria mudar a orientação da corporação para ações preventivas, e criar o que chamou de um conselho popular de segurança

FolhaPress

19/05/2022 12h24

Foto: Reprodução/ Polícia Militar de Rondônia

Júlia Barbon

Eduardo Serra (PCB) diz que vai tentar extinguir as polícias Militar e Civil e criar uma nova instituição com bases civis caso seja eleito ao governo do Rio de Janeiro. Ele foi o terceiro pré-candidato às eleições fluminenses sabatinado pela Folha de S.Paulo e pelo UOL.

“As polícias, como são organizadas atualmente, consideram todo pobre, todo negro, suspeito. Temos uma proposta que é a extinção das duas policias que existem hoje e a criação de uma policia civil uniformizada”, afirmou nesta quinta (19).

A ideia, segundo ele, seria mudar a orientação da corporação para ações preventivas e investigativas, e criar o que chamou de um conselho popular de segurança para debater a questão com a população. “Sem nenhuma concessão ao crime organizado de nenhum tipo”, acrescentou.

Questionado se a proposta não seria inviável, ele rebateu que são poucos os países que têm policias militares. Criticou ainda as grandes operações em favelas e defendeu que agir dentro da lei aumenta a eficácia da polícia.

Com 5% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, divulgada em 7 de abril, Serra afirma que as eleições “são parte de uma luta maior” para o Partido Socialista Brasileiro, que tem como objetivo “superar o capitalismo”.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e o atual governador fluminense, Cláudio Castro (PL), lideram as intenções de voto para a disputa fluminense, com 22% e 18% respectivamente, no cenário mais provável até aqui para a disputa em outubro. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, eles estão em empate técnico.

Perguntado sobre por que o partido decidiu lançar um nome próprio em vez de, por exemplo, apoiar Freixo, Serra respondeu que “ele tem uma trajetória de luta, coragem, enfrentou milícias” e que o PSOL é um partido parceiro, mas que sua candidatura pelo PSB não é de esquerda.

“Se apresenta como uma candidatura de centro, que compõe com seguimentos mais conservadores. Então embora estejam no campo da oposição ao Bolsonaro, entendemos que o programa apresentado pelo Freixo não é suficiente”, afirmou.

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