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Política & Poder

Eduardo Bolsonaro ironiza presidente argentino e explora fantasma comunista

O petardo mais duro foi dirigido ao presidente da Argentina, Alberto Fernandez, por causa de sua conduta no combate à Covid-19

Redação Jornal de Brasília

03/09/2021 19h50

Fábio Zanini
FolhaPress

Um fantasma ameaça o Brasil: o de repetirmos por aqui a devastação causada pelo comunismo em alguns de nossos vizinhos. Esse foi o recado dado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em debates que mediou na tarde desta sexta (3) na Cpac, conferência conservadora que ocorre em Brasília. Ele interagiu com representantes da direita de quatro países: Argentina, Colômbia, Cuba e Venezuela.

O petardo mais duro foi dirigido ao presidente da Argentina, Alberto Fernandez, por causa de sua conduta no combate à Covid-19. Uma gafe dele, fotografado sem máscara numa festa de família após ter pedido sacrifícios à população, foi explorada pelo filho do presidente brasileiro de maneira escrachada no evento. “Alberto Fernandez deu um belo exemplo, né?”, perguntou Eduardo à plateia. Em seguida, ele chamou no telão do evento um vídeo com falas do líder argentino, e depois a foto da festa.

“Bela festa”, disse o deputado federal, para depois emendar, ao falar sobre um pedido de desculpas feito por Fernández. “Vocês estão com pena também? Que tristeza. Comovente, né? Comovente”. Da mesma forma, Eduardo procurou usar a situação em Cuba e na Venezuela como alertas para o Brasil, caso o PT volte ao poder no ano que vem. Ele participou de mesas com a presença do venezuelano Rafael Valera, do grupo venezuelano de direita Rumbo Libertad, e da ativista cubana Zoe Martinez, ambos exilados no Brasil.

Também conversou com a argentina Maria Laura Marcondes e com a senadora colombiana Maria Fernanda Molina, pré-candidata a presidente de seu país no ano que vem com uma plataforma de direita. Em todas as conversas, Eduardo procurou fazer comparações com o Brasil. “Na Venezuela a fome é usada como arma política pela ditadura? As pessoas lá comem gato e cachorro na rua”, perguntou a Valera.

O venezuelano respondeu afirmativamente: “Eles mantêm fracos aqueles que podem se rebelar contra o governo”. O deputado então agregou uma experiência própria: “Recebi outro dia um vídeo de um rapaz que estava desossando um gato para comer”. Eduardo perguntou também sobre o fato de a população venezuelana ter sido desarmada pelo Estado. Isso resultaria, segundo ele, em índices alarmantes de violência em Caracas, a capital. “Caracas é a cidade mais perigosa do mundo. Esqueçam Cabul, esqueçam Bagdá”, disse.

Ao interagir com a cubana, o deputado perguntou: “Quando Lula chegou ao poder em 2002, como Brasil ajudava Cuba?”. Martinez disse, então, que a maior assistência dada pelo PT ao regime comunista foi o programa Mais Médicos, que foi encerrado pelo presidente Bolsonaro.

Citou também o apoio que o Foro de São Paulo, grupo de partidos latino-americanos que tem o PT como um de seus líderes, forneceu a Cuba, “O socialismo nos anos 90 estava acabado em Cuba e na América Latina, e o Foro de São Paulo deu novo força a isso”, afirmou.

Já a senadora colombiana afirmou que a única forma de a esquerda chegar à Presidência em seu país é por meio de fraude. E com isso, deu a deixa para Eduardo Bolsonaro falar sobre a ameaça do voto eletrônico. Como resumiu o deputado, ao falar sobre as situações dos vizinhos: “Eu não trouxe essas pessoas aqui à toa, queria que vocês traçassem paralelo com o que acontece no Brasil”.

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