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Política & Poder

“É mais difícil ser presidente da Câmara do que da República”, diz Rodrigo Maia

Para ele, a diferença é que, no Executivo, pode-se nomear ou exonerar auxiliares a qualquer momento

Agência UniCeub

15/08/2019 14h19

Foto: Lula Marques/Agência PT

Beatriz Roscoe
Jornal de Brasília/Agência UniCeub

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou, nesta quinta (15), em palestra no UniCEUB, em Brasília, que “é mais difícil ser presidente da Câmara do que ser presidente da república, que pode nomear e exonerar ministros quando quiser”.

Ele explicou a jornalistas ao final da palestra que quis dizer que são trabalhos diferentes, e não que um é mais difícil que outro, pois, como presidente da Câmara, não comanda nenhum deputado, apenas coordena os trabalhos. “O que gera mais tempo de diálogo, porque se eu apenas coordeno, eu não posso impor a minha agenda, diferente do presidente que foi eleito para colocar a agenda dele”, argumentou.

Maia falou sobre a necessidade de “modernizar os estados brasileiros e as instituições”. Segundo ele, o governo de não-coalizão é um importante passo para o fortalecimento da democracia brasileira, e disse que considera o momento político que o Brasil vive como uma “devolução de responsabilidade ao parlamento”.

O deputado citou a aprovação do orçamento impositivo como uma vitória do Poder Legislativo, que contribui para o funcionamento da democracia brasileira. 

“Nós temos um sistema político muito pulverizado, o que é ruim. Existem 23 partidos na Câmara. É um ambiente onde é preciso dialogar com pelo menos 17 partidos para conseguir uma maioria”, disse. Segundo ele, existem complicações de diálogo do Executivo com a Câmara, principalmente em “um governo que não tem maioria, com apenas 10% dos deputados do partido”.

“O que é estabilidade?”

Rodrigo Maia também ressaltou a necessidade de uma reforma administrativa e do serviço público no Brasil, com mecanismos que garantam a eficiência e simplificação do processo legislativo. Segundo ele, é preciso tratar de futuros servidores, e não de servidores que já estão concursados. “Quanto aos atuais servidores nós já fizemos o que tínhamos que fazer com a reestruturação do sistema previdenciário. Que atingiu a sociedade, os políticos, os servidores e agora está na hora de olhar para o futuro”.

Ele falou sobre construir um novo marco sobre o que é a estabilidade no serviço público. “O que é estabilidade? Em que condições? O que que é carreira típica de Estado? Agora, não é porque a carreira é típica de Estado que vai ter a prerrogativa de não poder ser demitido em todas as condições”, disse.

 

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