“Não votem pelo Impeachment. Votem pela democracia”. Após mais de um hora de um discurso pautado mais pela defesa de sua administração do que pela contra-argumentação jurídica à tese que justifica o impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff concluiu sua manifestação insistindo na tese do golpe e atribuindo seu afastamento a um conchavo entre mídia e setores políticos contrários ao seu plano de governo. Dilma voltou a a falar que não cometeu crime algum que justifique seu impedimento e comparou seu afastamento a outros episódios da história nacional, como os vividos pelos governos Vargas, JK e Jango.
Dilma chegou ao Congresso acompanhada pelo cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e pelo ex-presidente Lula. Foi cumprimentada pelos senadores que a apoiam e evitou contato com os parlamentares de oposição. Embora estivesse previsto que por várias vezes encararia seus “algozes”, na maior parte do tempo mante o olhar fixo em seu discurso, que foi aplaudido por seu apoiadores, manifestação que levou o presidente da sessão, o ministro Ricardo Lewandowski, a suspender por pouco tempo a sessão, já reiniciada com questões de ordem pedidas pelos parlamentares.
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