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Política & Poder

Deputado bolsonarista que forjou o próprio atentado vira réu no STF

Depois que a investigação policial mostrou que não houve atentado contra a vida do deputado, a PGR o denunciou por falsa comunicação de crime

Camila Bairros

16/08/2022 10h58

Foto: Câmara dos Deputados

O deputado bolsonarista Loester Trutis (PL-MS) está sendo acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter forjado o próprio atentado. No ano passado, ele afirmou ter sido vítima de uma emboscada na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

O carro que era dirigido por um assessor de Trutis foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral, e segundo o político, teriam sido feitos por um outro veículo.

Entretanto, a investigação da Polícia Federal mostrou que não houve atentado e que disparos só poderiam ter sido feitos por alguém que estava a pé. O laudo ainda mostrou que era improvável que o deputado não tivesse sido atingido se estivesse realmente dentro do carro.

Por isso, a PGR denunciou o deputado por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. O julgamento aconteceu na segunda-feira (15).

Rosa Weber, relatora do inquérito, disse que existem indícios de que o deputado usou do episódio para promover bandeiras como porte de armas e a autodefesa por civis. Os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux, André Mendonça, Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes acompanharam a relatora na decisão.

O deputado bolsonarista foi eleito em 2018 defendendo o armamento da população. Este é seu primeiro mandado na Câmara, e já ocupou a vice-liderança do governo na Casa. A defesa de Trutis pediu a absolvição sumária de seu cliente.

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