Menu
Política & Poder

Daniel Silveira chama de “militante petista” agente que o pediu para usar máscara

Confusão se deu quando o deputado chegava para fazer exame de corpo de delito após ter prisão decretada

Willian Matos

17/02/2021 10h48

Foto: Reprodução

Preso na noite de terça-feira (16) pela Polícia Federal no inquérito que apura ataques antidemocráticos ao Supremo (STF), o deputado federal Daniel Silveira gerou atrito no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, onde chegou após a prisão para passar por exame de corpo de delito.

Daniel quis permanecer no prédio do IML sem máscara. Uma agente policial insistiu que o deputado colocasse o acessório, e o parlamentar a atacou verbalmente, chamando-a de “militante petista”.

A discussão começa quando a agente se dirige a Daniel, que já estava sem máscara. “Por gentileza, senhor. Sem máscara aqui dentro, não”, alerta a profissional. O deputado alega ter uma “dispensa”, e a servidora repete: “Aqui dentro, não. Aqui, todos têm que usar máscara.”

Tempos depois, alguém entrega uma máscara a Daniel. A profissional, então, insiste: “Para a nossa proteção e para a sua, aqui dentro tem que usar máscara”. O deputado segue se recusando, e dispara: “A senhora não manda em mim, não.”

Em seguida, Daniel comenta com membros de sua equipe, que transmitiam a discussão ao vivo no Facebook. “Mermão, a pior coisa é militante petista. Militante petista é o c*r*lho”. Depois, o parlamentar se altera. “E se eu não quiser botar [a máscara]? Se a senhora falar mais uma vez, eu não boto.”

Por fim, Daniel explana suas profissões e relembra para a profissional que é policial e deputado federal. “Acha que eu não conheço a p*rra da lei não?!”. A transmissão ao vivo chega ao fim. Veja o vídeo:

Prisão

A prisão do deputado foi determinada no âmbito do inquérito sigiloso que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra ministros do Supremo e seus familiares. A gravação que levou Silveira à prisão foi divulgada após o ministro Edson Fachin classificar como “intolerável e inaceitável” qualquer forma de pressão sobre o Poder Judiciário.

A manifestação do ministro foi dada após a revelação de que um tuíte do general Eduardo Villas Bôas, feito em 2018 e interpretado como pressão para que o Supremo não favorecesse o ex-presidente Lula, teria sido planejado com o Alto Comando das Forças Armadas.

No vídeo, Silveira afirma que os onze ministros do Supremo “não servem pra porra nenhuma pra esse país”, “não têm caráter, nem escrúpulo nem moral” e deveriam ser destituídos para a nomeação de “onze novos ministros”. 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado