Após o recesso do Congresso Nacional, a terça-feira (1º) será intensa, com a retomada das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), dentre elas, a que investiga os atos golpistas de 8 de Janeiro, quando serão ouvidos ex-representantes de áreas de segurança do governo.
Além disso, outro destaque de hoje é o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre juros.
CPIs:
- atos de 8 de janeiro;
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
- Lojas Americanas;
- organizações não governamentais (ONGs) da Amazônia.
O ouvido de hoje na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, na condição de testemunha, é Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele estava à frente da Abin durante os atos criminosos ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ele deixou o cargo no início de março.
Os principais questionamentos a serem feitos ao ex-diretor são relacionados aos relatórios enviados pela Abin ao governo federal nas vésperas do ataque.
Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), já foi convocado para depor na CPMI de 8 de Janeiro, e hoje falará na CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Até março, a Abin era subordinada ao GSI, e há relatórios da Abin desde 2019 sobre movimentações do MST e outros grupos aos estados para que as autoridades da segurança tomassrem as devidas providências em caso de invasões. Ele poderá ficar em silêncio em caso de perguntas que possam incriminá-lo.
Serão retomadas hoje também as investigações acerca da Americanas, que pediu recuperação judicial em 19 de janeiro depois de anunciar um rombo fiscal de R$ 20 bilhões, e a CPI das ONGs, no Senado Federal.