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Política & Poder

CPI suspende depoimento de auditor do TCU

Presidente Omar Aziz anunciou a suspensão devido ao plenário do Senado que vai debater a privatização da Eletrobras

Willian Matos

17/06/2021 10h11

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Na abertura da sessão da CPI da Pandemia nesta quinta-feira (17), o presidente Omar Aziz (PSD-AM) decidiu suspender o depoimento do auditor afastado do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa. O motivo é o plenário do Senado, marcado para às 10h, que vai votar medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras.

“Nós iremos remarcar o depoimento dele em virtude de ter uma medida provisória de interesse da população brasileira e que todos os senadores, inclusive este presidente, tem interesse de debater essa matéria, porque se trata de uma medida provisória que mexe com a estrutura da energia elétrica do Brasil”, explicou Aziz.

“Pedimos desculpa ao Sr. Alexandre pela vinda dele aqui e a gente não poder fazer a audição que nós queríamos aqui para ele colaborar com a CPI”, prosseguiu o presidente “Num momento oportuno, nós teremos uma nova data para ele comparecer a esta CPI”, encerrou.

Para esta quinta (17), estavam marcados os depoimentos do auditor Alexandre Costa e também do empresário Carlos Wizard. O dono da rede de escola de idiomas, no entanto, está fora do Brasil e já não compareceria de toda forma. A falta indignou Omar Aziz, que lamentou também o fato de os depoentes terem ido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguirem o direito de permanecerem em silêncio.

“É uma brincadeira dele, né?!”, indagou. “O que me espanta é um cidadão procurar o Supremo Tribunal Federal para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI para ficar em silêncio nas perguntas que forem feitas a ele e ele não aparece. Então, para quê que foi ao Supremo se não vinha?!”.

“O Sr Carlos Wizard tem que entender que a Justiça tem outras coisas para fazer e não dá para levar na brincadeira o Supremo Tribunal Federal em conseguir um habeas corpus para vir à CPI e não comparecer. O Sr. Carlos Wizard está achando que conseguir um habeas corpus no Supremo é que nem ir na quitanda comprar bombom. É uma falta de respeito, não com a CPI neste momento, mas com o Supremo.”

O presidente anunciou ainda que a CPI irá solicitar à Justiça que conduza Carlos Wizard ao Senado e também pedir que o passaporte dele seja retido assim que ele retorne ao Brasil e só seja devolvido após o depoimento.

Votação de MP

A partir das 10h de hoje, o Senado começa a votar a medida provisória que abre caminho para privatização da Eletrobras. A decisão de Pacheco foi tomada após apelos de diversos senadores para adiar a análise da matéria, uma vez que a MP é complexa e demandava mais tempo.

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