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Política & Poder

Coronavírus: Ibaneis pede ajuda à bancada federal

Governador pede união e ajuda a bancada federal para combater a pandemia de coronavírus. Emendas parlamentares podem chegar a quase 80 milhões

Lucas Valença

25/03/2020 13h51

O governador Ibaneis Rocha (MDB) enviou hoje um ofício à bancada federal do Distrito Federal onde pede a realocação de quase R$ 80 milhões em recursos das emendas parlamentares para o combate ao Covid-19. O texto também defende as medidas de isolamento social adotadas pelo Palácio do Buriti nos últimos dias.

Do total de R$ 79.9 milhões, pedidos pelo governador Ibaneis Rocha, R$ 23 milhões devem ser alocados na melhora e ampliação das estruturas das Unidades Básicas de Saúde. Segundo o documento, as UBSs “exercem papel estratégico no combate ao novo coronavírus, na triagem e no encaminhamento de pacientes infectados, com vistas ao aumento da cobertura de atendimento“.

Ou outros R$ 56,9 milhões restantes seria encaminhado para “custeio”, ou seja, recursos para a compra de materiais e insumos, também voltados para o combate ao Covid-19.

A reportagem procurou integrantes da bancada federal que estão analisando a possibilidade de enviar os recursos, mas apenas quatro parlamentares devem empenhar os valores. O deputado federal Prof. Israel Batista (PV) deve entregar R$ 15.450.000; os deputado federais Júlio César (Republicanos) e Bia Kicis (PSL) devem ceder R$ 21 milhões cada; e o senador Izalci Lucas R$ 22.450.000.

Os demais parlamentares não devem doar por um pedido direto do próprio palácio do Buriti, que justificou que as emendas dos demais seriam “essenciais para o GDF” e que não poderiam ser modificados. O senador Izalci, líder da bancada, tem buscado o governo para entender o critério utilizado para excluir congressistas da “ajuda”.

O pedido direto do Executivo local, no entanto, não agradou todos os representantes federais, já que avaliam que o montante é “muito alto”.

O documento endereçado ao líder da bancada nacional, senador Izalci Lucas (PSDB), contextualiza o problema de saúde do DF e reforça que após o coronavírus ser classificado como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Governo do Distrito Federal foi “a primeira unidade federativa a promover ações de contenção, mediante suspensão de aulas, vedação de realização de eventos“, entre outras atitudes.

Ao longo da argumentação, o palácio enfatiza que as medidas criam uma situação econômica desfavorável e, por esta razão, o governo pede uma ajuda aos congressistas para amenizar financeiramente a crise. Diz um trecho: “no DF foi necessária a adoção de diversas medidas, além daquelas de precaução e contenção, destinadas a prestar assistência aos infectados, as quais demandam suporte financeiro, de forma a permitir o combate incisivo e urgente aos efeitos da pandemia“.

Veja a íntegra do documento

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