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Política & Poder

Confira o inquérito sigiloso da PF que Bolsonaro vazou nas redes

A ação do presidente Bolsonaro fez o TSE formalizar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de um inquérito para apurar se Bolsonaro, Barros e o delegado da PF cometeram crime

Redação Jornal de Brasília

13/08/2021 8h25

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No último dia 4, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou um inquérito sigiloso da Polícia Federal que investiga um ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O chefe do executivo conseguiu os arquivos pelo deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).

O deputado federal obteve o material durante o trabalho de relatoria da ‘PEC do Voto Impresso’, derrotada no plenário da Câmara.

A ação do presidente Bolsonaro fez o TSE formalizar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de um inquérito para apurar se Bolsonaro, Barros e o delegado da PF cometeram crime ao repassarem os documentos.

Confira o material vazado

omaterialdivulgadoporbolsonaro_120820215742 by Jornal de Brasília on Scribd

O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso, autorizou a apuração que vai acontecer vinculada a investigação das fake news.

“Diante desses fatos e levando em consideração que a divulgação de dados de inquérito sigiloso da Polícia Federal pelo Presidente da República, através de perfis verificados nas redes sociais, teria o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta que se estabelece contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso acerca de sua lisura, revela-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados”, escreveu o ministro na decisão.

O documento compartilhado por Bolsonaro foi aberto pela Polícia Federal dez dias após o segundo turno das eleições de 2018. O objetivo era apurar uma denúncia de invasão do sistema interno do TSE. Porém, nunca foram encontrados indícios de que o ataque cibernético tenha afetado o resultado daquelas eleições.

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