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Política & Poder

Com Haddad na Fazenda, Lula anuncia cinco ministros

Lula disse que essa foi a transição mais democrática de todas as eleições, informação que foi complementada por seu vice, Geraldo Alckmin

Camila Bairros

09/12/2022 11h12

Foto: Reprodução

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta sexta-feira (9) cinco de seus ministros para o governo que se inicia no dia 1º de janeiro de 2023. O pronunciamento foi feito no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde ocorre a transição, com nomes escolhidos para a Casa Civil, Defesa, Fazenda, Justiça e Relações Exteriores.

Lula disse que essa foi a transição mais democrática de todas as eleições, informação que foi complementada por seu vice, Geraldo Alckmin: “Esse foi o Governo de Transição com maior participação e também a mais econômica desde 2006”, revelou.

Segundo o presidente eleito, na próxima terça-feira (13), quando acaba o período do Governo de Transição, os demais ministros serão revelados.

Para a Casa Civil, havia a expectativa de que Gleisi Hoffmann fosse a escolhida – ela já desempenhou esse papel no governo da Dilma -, mas Lula optou por mantê-la na presidência do PT. O escolhido para a pasta foi Rui Costa, governador da Bahia que está completando seu segundo mandato e abriu mão de concorrer a outros cargos públicos como parte das articulações políticas de coligação do PT no estado.

Sem surpresas, Fernando Haddad foi o escolhido para comandar a Fazenda, que será criado a partir do desmembramento do atual Ministério da Economia, que também dará origem às pastas de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Planejamento, Orçamento e Gestão.Nos últimos dias, Haddad defendeu a reconfiguração do Ministério do Planejamento e também se reuniu com Paulo Guedes, atual ministro da pasta.

Para o Ministério da Defesa, José Múcio Monteiro, ex-ministro do TCU, foi o escolhido. Segundo a jornalista Andreia Sadi, ele e Lula já teriam definido os nomes para o comando das Forças Armadas:

Exército: general de exército Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro;
Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha do Brasil;
Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do Estado-Maior da Aeronáutica;
Comandante do Estado-Maior das Forças Armadas: almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do Estado-Maior da Marinha.

Flávio Dino, eleito senador pelo Maranhão, será o novo ministro da Justiça. Aliado de Lula e muito elogiado, foi porta-voz do Grupo Técnico de Justiça e Segurança durante a transição de governo, anunciando a intenção de revogar decretos que facilitaram a compra e o porte de armas no governo Bolsonaro.

Último nome revelado, Mauro Vieira será o ministro das Relações Exteriores. Ele já comandou o Itamaraty durante o governo Dilma, e atualmente é o embaixador do Brasil na Croácia, por isso não esteve presente no evento. Também já foi o representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).

Para finalizar o pronunciamento, Lula disse que a PEC foi requisitada não para o governo Lula. “A PEC é para fazer a mudança no orçamento enviado por Bolsonaro, para que a gente possa garantir o mínimo necessário para a população na educação, na saúde e muito mais. É o mínimo necessário para cuidarmos do povo brasileiro”, completou.

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