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Política & Poder

Com caronas, Lula e Bolsonaro terão superexposição na TV

O tempo será ainda maior, já que as campanhas devem usar o espaço dos candidatos aliados ao governo do estado para buscar votos

FolhaPress

07/10/2022 4h58

Foto: Divulgação

Paulo Passos e Renan Marra
São Paulo, SP

Com mais que o dobro de tempo de exposição do que tiveram no primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), voltam à televisão e ao rádio com suas propagandas nesta sexta-feira (7).

Cada um terá mais de 22 minutos por dia. O tempo será ainda maior, já que as campanhas devem usar o espaço dos candidatos aliados ao governo do estado para buscar votos.

Segundo a legislação eleitoral, o espaço será dividido igualmente entre Lula e Bolsonaro. No primeiro turno, por ter uma aliança maior, o petista acumulou mais tempo.

Agora, ambos terão 5 minutos por bloco do horário eleitoral. São dois espaços por dia no rádio (7h às 7h10 e 12h às 12h10) e na televisão (das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40), de segunda a sábado.

O bloco da noite, no horário nobre da TV, teve audiência que variou de 32 a 44 pontos, na semana passada, segundo dados do Kantar Ibope Media. Cada ponto representa 74.666 domicílios na Grande SP.

Cada candidato tem ainda 25 inserções de 30 segundos, por dia, ao longo das programações. O mesmo tempo é destinado às campanhas para governo do estado – e é nesse espaço que as campanhas de Lula e Bolsonaro também pretendem aparecer.

Dos 24 candidatos que disputam o segundo turno em 12 estados, dez apoiam o petista, nove estão com Bolsonaro e outros cinco ainda não indicaram posição.

Lula tem mais possibilidades de pegar carona na propaganda de aliados locais. No Nordeste, tem candidatos na disputa contra adversários que se declararam até agora neutros em quatro estados -Alagoas, Bahia, Paraíba e Pernambuco.

Em Sergipe, o adversário do petista Rogério Carvalho, Fábio Mitidieri (PSD) também declarou voto em Lula já no primeiro turno. Bolsonaro tem dois candidatos aliados na disputa em Mato Grosso do Sul e em Rondônia.

Em três estados, a disputa replica o embate presidencial, com partidos que fazem parte do leque de alianças dos dois candidatos: Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.

No Amazonas, o lulista Eduardo Braga (MDB) e o bolsonarista Wilson Lima (União Brasil) se enfrentam. Mas seus partidos não declaram apoio formal a nenhum dos candidatos.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Lula e Bolsonaro concentraram esforços para aparecer e tentar eleger seus aliados. Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) terão a mesma estratégia de se associarem aos padrinhos.

À frente no primeiro turno, com 42,3% votos válidos, Tarcísio vai ceder tempo a Bolsonaro, para fazer uma dobradinha que fidelize os eleitores de ambos. O tempo do ex-ministro da Infraestrutura no rádio e na TV será usado para ataques aos petistas e pautas de costume, o que foi evitado por Tarcísio no primeiro turno.

O presidente terminou o primeiro turno à frente do PT em São Paulo e teve três milhões a mais do que seu candidato ao governo do estado. Já Haddad teve dois milhões de votos a menos do que Lula.

A prática de ceder tempo na propaganda é permitida, mas há limite. A lei autoriza que até 25% do tempo seja ocupado por apoiadores. O candidato que extrapola o limite só é notificado para não repetir a propaganda irregular.

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