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Política & Poder

‘Coisa boa não estavam fazendo’, diz governador do Rio sobre mortos em São Gonçalo

Em visita à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Castro deu uma entrevista coletiva a jornalistas

FolhaPress

26/11/2021 11h03

Foto: Reprodução

São Paulo, SP

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse na quinta-feira (25) que os nove mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), durante uma ação policial no domingo (21) não deveriam estar fazendo “coisa boa”.

Em visita à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Castro deu uma entrevista coletiva a jornalistas, parte dela veiculada pelo Jornal O Dia.

“Gente, aqui ninguém é criança. Ninguém vai camuflado para o mangue trocar tiro com a polícia de airsoft. Se foi completamente vestido camuflado trocar tiro com a polícia no mangue, certamente, coisa boa não estava fazendo”, disse Castro na Alerj.

Airsoft é um modo de prática esportiva de tiro com armas não letais. Nas armas de pressão do airfsoft, usadas em esporte de ação, são colocadas cápsulas de plástico no lugar de balas reais.

Segundo a CNN Brasil, os laudos periciais indicaram que seis das nove vítimas foram encontradas usando roupas camufladas, que seriam usadas como uma espécie de “uniforme” do tráfico de drogas no Rio.

Antes da declaração, Castro disse que o governo “trabalha todos os dias para melhorar as ações das polícias”.

Ao ser questionado sobre as frequentes mortes ocorridas em operações no estado, em especial a chacina no Jacarezinho, o governador negou haver recorrência de mortes em operações das instituições fluminenses. Ocorrida em maio, a operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho deixou 28 mortos, incluindo um policial.

“Eu não creio que isso seja uma recorrência. A [ação] da Polícia Civil no Jacarezinho foi o cumprimento de mandado judicial e agora foi uma operação da Polícia Militar. Como eu digo, a gente apoia sempre as polícias, mas não apoia, por óbvio, os erros.”

O governador afirmou que a operação no Complexo do Salgueiro está sendo investigada pela Polícia Civil e disse que, se for constatado erros de agentes, eles serão punidos pela corporação. Apesar da fala, Castro reforçou o apoio às polícias do estado.

“Eu duvido que uma instituição puna tanto os seus quanto as polícias do Rio de Janeiro. A polícia tem punido os seus que fazem o mal exemplarmente, mas o nosso papel aqui é de apoiar a instituição Polícia Civil, a instituição Polícia Militar, a instituição Corpo de Bombeiros”, completou.

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