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Política & Poder

Castro promete R$ 3.000 em auxílio para famílias atingidas pela chuva no RJ

De acordo com Castro, a estimativa é que 30 mil famílias recebam o auxílio. Para isso, elas devem fazer o cadastro junto à prefeitura

Redação Jornal de Brasília

15/01/2024 18h37

Rio de Janeiro (RJ), 29/09/2023 – O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro durante coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Camila Zarur
Rio de Janeiro, RJ (Folhapress)

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que vai dar um auxílio de R$ 3.000 para as famílias que foram atingidas pelas chuvas neste fim de semana. O subsídio será pago através do Cartão Recomeçar, destinado a famílias de baixa renda.

De acordo com Castro, a estimativa é que 30 mil famílias recebam o auxílio. Para isso, elas devem fazer o cadastro junto à prefeitura de suas cidades e estar dentro dos critérios para serem beneficiadas. Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social estão nos municípios prestando assistência técnica às prefeituras.

A expectativa do governo estadual é de que os cartões sejam entregues a partir da próxima semana. Ainda não há, porém, uma data fixa para isso. O valor do auxílio será pago em parcela única.

“A minha determinação é que toda a parte burocrática esteja pronta até a próxima sexta-feira (19) e que a partir da semana que vem já possa estar em processo de distribuição”, disse o governador nesta segunda-feira (15), em entrevista à imprensa.

As chuvas, que começaram na noite de sábado (13), deixaram 12 mortos e 2 desaparecidos na capital fluminense e na região metropolitana. Sete cidades decretaram situação de emergência. O governo estima que de 500 a 600 famílias estejam desabrigadas ou desalojadas por causa do temporal.

“Depende de que a pessoa tenha de fato perdido tudo que tem. Não no sentido de ‘não sobrou nada’, mas que tenha realmente uma grande perda. Por isso, essa elegibilidade [para receber o cartão] e esse cadastro”, afirmou Castro.

Ele completou: “Não é para trocar o que tem em casa. É para as pessoas que realmente perderam o que tinham. Por isso é uma elegibilidade um pouco mais dura, para que não vire um programa do estado dando utensílio novos para as pessoas”.
O governador não informou qual vai ser o custo total do programa para o estado do Rio.

O cartão Recomeçar já foi entregue pelo governo estadual em outros desastres naturais, como na tragédia de Petrópolis, em 2022, em que 235 pessoas morreram por deslizamentos causados por temporais. O objetivo do benefício é ajudar na compra de materiais de construção e eletrodomésticos daqueles que foram afetados pelas chuvas.

Governador antecipou volta das férias

Em entrevista a jornalistas no início da tarde desta segunda-feira, Castro pregou união entre os governos municipais, estadual e federal no combate às chuvas.

“Não existe chuva do presidente, chuva do governador, chuva do prefeito. A chuva é uma só, nós temos que trabalhar juntos”, disse Castro.

Na sequência, ele disse que iria cobrar do governo Lula (PT) uma solução para a rodovia BR-040, que ficou alagada após o temporal do fim de semana.

“Estou notificando o governo federal e a ANTT [Agência Nacional de Transporte Terrestre] sobre a situação da BR-040. Impossível ter um bolsão de água tão grande na frente de um hospital, que é o Adão Pereira Nunes, e isso não ser resolvido em oito horas. É uma situação que já passou dos limites”, afirmou.

O governador afirmou que vai procurar Lula para pedir urgência às obras do Rio Botas, que fazem parte do PAC. O rio foi um dos mais afetados pela chuvas.

“Vou falar com o Lula a tarde para a obra do Rio Botas, que também está no PAC e atende 5 municípios. São R$ 730 milhões, essa obra tem que ser prioridade.”

Castro interrompeu suas férias em Orlando, nos Estados Unidos, e retornou ao Brasil após as chuvas. O governador decidiu decidiu antecipar a volta após ser pressionado por aliados. Em entrevista à imprensa, ele rebateu as críticas que recebeu por estar fora do país durante as chuvas.

“Sobre essa questão de eu não estar aqui, é muito simples: eu estava fora, aconteceu [o desastre das chuvas] e no voo seguinte eu vim. Atendi os prefeitos o tempo todo, comandei os secretários remotamente”.
Ele completou: “A gente não governa por rede social. Se governar por rede social, cada dia a gente tem uma opinião diferente”.

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