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Política & Poder

Caso Daniel: Eduardo Bolsonaro sai em defesa de aliado

Para deputado, “rasgou-se a lei”. Na quinta (11), julgamento de Silveira foi adiado após sessão marcada por bate-boca com ministros

Willian Matos

12/03/2021 8h58

Foto: Divulgação/PSL

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saiu em defesa do colega parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ), preso por atentar contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Na quinta-feira (11), o STF adiou o julgamento das denúncias contra Daniel e, com isso, ele segue preso, sem chances de liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica.

Para Eduardo, “rasgou-se a lei”. “A lei é recheadas de dispositivos que dizem que, em caso de réu preso, como é Daniel, será dada celeridade ao julgamento. Porém, ontem, mais uma vez, rasgou-se a lei”, disse o deputado. “De fato vivemos tempos estranhos”, finalizou.

O “filho 03” acredita que o caso de Daniel deveria ser julgado com maior rapidez.

Na sessão no STF que adiou o julgamento, houve bate-boca entre os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. O entrave foi tamanho a ponto de Mello chamar Moraes de “xerife”.

Isso porque Moraes adiou a pauta por ter dado mais 15 dias para manifestação da defesa de Daniel — os advogados do deputado alegaram não terem tido acesso aos autos da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Marco Aurélio Mello questionou, e Alexandre treplicou de forma ríspida:

“Se for assim, amanhã trago uma lista de processos em que queira me manifestar”, disse Moraes, que falou ainda que a postura de Marco Aurélio era desrespeitosa. “Não tive a intenção de desrespeitar o relator, ainda mais se for um xerife”, respondeu Mello.

“O que ocorreu no caso é que a defesa perdeu o prazo de manifestação e o relator, em uma atitude de privilegiar a ampla defesa, não certificou o trânsito em julgado e aceitou a justificativa da defesa. Eu entendo que o relator é soberano”, defendeu Dias Toffoli, ao pedir fala na discussão. “Não posso silenciar e ser colocado como disse Toffoli em uma camisa de força, não aceito mordaça”, respondeu Marco Aurélio.

Mello seguiu e acusou Fux de estar coagindo com Moraes e Toffoli. “Os tempos são estranhos, e vosssa excelência colabora para serem mais estranhos ainda.”

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