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Política & Poder

Carlos Bolsonaro tentou comprar outro dispositivo espião além do Pegasus

Vereador tentou trazer para o Brasil o software Sherlock. O programa seria usado para municiar o governo com informações

Redação Jornal de Brasília

03/08/2021 7h25

Foto: AFP

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tentou comprar não apenas um, mas dois dispositivos de espionagem. Além do israelense Pegasus, Carlos planejou importar o software Sherlock, também fabricado em Israel.

A informação é do portal UOL. Segundo o site, Carlos tinha o objetivo de trabalhar as duas ferramentas em conjunto. Enquanto o Pegasus funcionaria para alimentar com informações externas ao governo a chamada “Abin paralela” (em referência à Agência Brasileira de Informações, responsável pelo serviço secreto do país), o Sherlock seria utilizado para monitorar o governo em si.

Ainda em 2019, Carlos foi a Israel para tratar do sistema com representantes da fabricante do Sherlock. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) teria intermediado o contato utilizando um tradutor no encontro em Tel Aviv, capital israelense.

O Sherlock, por meio do Devi’ls Tongue (língua do diabo, em português) aproveita bugs no Windows e invade as máquinas. Diferentemente do Pegasus, porém, o Sherlock não seria utilizado pelo governo como um “spyware” contra jornalistas, ativistas e desafetos políticos, mas, sim, para municiar o governo contra possíveis problemas internos.

O Pegasus foi utilizado para monitorar cerca de 50 mil números de telefone. O software é desenvolvido pelo Grupo NSO, de Israel. Segundo o “The Washington Post”, jornal americano; “The Guardian”, britânico; e “Le Monde”, francês, 180 jornalistas e ativistas políticos do mundo todo foram espionados.

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