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Política & Poder

Bolsonaro se vê dividido quanto ao Ministério da Saúde

Cotada para assumir a pasta, Ludhmila Hajjar, que vai na contramão da linha do presidente, deve comunicar ao governo que não aceitará o convite. Relembre entrevista do JBr com a médica

Willian Matos

15/03/2021 7h34

Abrir mão de seus padrões e apostar em uma médica tarimbada no combate à covid-19 ou ir em busca de mais um militar sem experiência em saúde para o cargo de ministro da Saúde? O presidente Jair Bolsonaro vive um dilema.

Após a informação de que o atual ministro, Eduardo Pazuello, pediria para sair, também veio à tona a notícia de que o governo Bolsonaro procurou a médica cardiologista Ludhmila Hajjar para a vaga. Diferentemente do general, Ludhmila é referência no tratamento do novo coronavírus e atua na Rede D’Or, além de lecionar na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), dentre várias outras experiências na área.

Ludhmila, que é a favor do distanciamento social e contra negacionismo e cloroquina, deve anunciar nesta segunda-feira (15) que não aceitará o convite para assumir o Ministério. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Além disso, após o alvoroço com seu nome no domingo (14), Pazuello tratou de desmentir que desistiu da função. “Não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu”, comunicou, pelas redes sociais. “Mas o entregarei assim que o presidente solicitar”, prosseguiu.

Desta forma, até a última atualização desta matéria, Pazuello é o ministro da Saúde. Contudo, paira no ar a dúvida: que decisão Bolsonaro tomará?

Entrevista com Ludhmila

No mês passado, antes do flerte da cardiologista com o Ministério, o colunista Marcelo Chaves, do Jornal de Brasília, entrevistou Ludhmila Hajjar. No bate-papo com Marcelo, Ludhmila conta, por exemplo, que já atendeu cerca de 50 casos de reinfecção pelo novo coronavírus. “Esse último mês com muitas pessoas vindo do Norte do Brasil, principalmente de Manaus, vimos muitos casos de reinfecção, e reinfecção confirmada”, comentou.

Ludhmila também fala sobre vacina, reinfecção, cloroquina e outros medicamentos ineficazes pregados por Bolsonaro como uma saída para a pandemia, dentre outras coisas. Releia a matéria e veja o vídeo abaixo:

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