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Política & Poder

Bolsonaro quer desobrigar máscara para vacinados

“Queiroga vai ultimar parecer avisando desobrigar o uso de máscara de quem estiver vacinado ou já tenha sido contaminado”

Geovanna Bispo

10/06/2021 18h30

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (10) que se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para discutir o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras por pessoas vacinadas contra a covid-19 e quem já a contraiu. Em seu discurso, o presidente insistiu no tratamento com hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm eficiência contra a Covid-19.

“Queiroga vai ultimar parecer avisando desobrigar o uso de máscara de quem estiver vacinado ou já tenha sido contaminado”, disse o presidente durante evento.

“Conheci Marajó com a Damares (Alves, ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos). O povo que está lá é dócil, humilde, pobre. Estive em toda a Bahia, nas minhas paradas inopinadas, tão criticadas pela mídia. “Parou sem máscara, por que parou?” Por coincidência, olha a matéria para a imprensa amanhã. Vou dar uma matéria para vocês aí: acabei de conversar com um tal de Queiroga. Não sei se vocês sabem quem é. Nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados para tirar esse símbolo (mostra máscara), que, obviamente, tem a sua utilidade para quem está infectado”, continuou.

A fala veio após os primeiros países também desobrigarem a utilização da máscara para pessoas vacinadas, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela aos governos. Segundo a organização, a dispensa para esses cuidados deve ocorrer apenas quando não houver mais transmissão da doença.

TCU

Ainda durante seu discurso, Bolsonaro continuou defendendo o relatório não reconhecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a supernotificação no número de mortes pela covid-19. O Tribunal já desmentiu o dado.

O presidente insistiu que o relatório “apesar de não ser conclusivo” traz “indícios muito fortes” de que houve supernotificação de 60% no registro de óbitos.

“Parabéns ao Tribunal de Contas da União, o relatório deles tem mais de 100 páginas, o relatório é bastante claro, dizendo que o critério adotado pelo Ministério da Saúde, via lei aprovada pelo parlamento, poderia levar a prática não recomendável de uma supernotificação de casos de Covid para que governadores ganhassem mais recursos do governo federal”, disse Bolsonaro.


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