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Política & Poder

Bolsonaro mostra cola anotada a caneta em sua mão no dia seguinte ao JN

No Rio, ocorreram em Botafogo e Ipanema, na zona sul, e em Salvador, no Vale do Canela. Também houve registros em Brasília

FolhaPress

23/08/2022 14h11

Reprodução/TV Globo

Matheus Tupina
São Paulo, SP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve a “cola” escrita à caneta na palma de sua mão esquerda, usada para sabatina do Jornal Nacional, no dia seguinte à entrevista realizada às 20h30.

Ele mostrou as anotações durante discurso em evento de abertura do congresso AçoBrasil desta terça-feira (23), que congrega as empresas brasileiras produtoras de aço. A cerimônia ocorreu na capital paulista.

As palavras escritas na mão são “Nicarágua”, “Argentina”, “Colômbia” e “Dário Messer”. As três primeiras envolvem países com governos de esquerda – Gustavo Petro na Colômbia, Alberto Fernández na Argentina e Daniel Ortega na Nicarágua.

Já Dário Messer repercutiu como o “doleiro dos doleiros”, que afirmou ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que fazia repasses à família marinho. A informação foi publicada pela revista Veja em 2020.

Apesar disso, nenhum desses tópicos foi mencionado por Bolsonaro durante a entrevista, que durou cerca de 40 minutos.

Essa é a terceira vez que Bolsonaro usa colas em suas mãos: nas eleições de 2018, em sua primeira entrevista ao Jornal Nacional, o então candidato escreveu os termos “Deus”, “família” e “Brasil”. Já no debate da Rede TV!, no mesmo ano, ele anotou as palavras “pesquisa”, “armas” e “Lula” na palma da mão.

O candidato à reeleição ao palácio do Planalto é o primeiro presidenciável a participar da série de entrevistas da TV Globo nesta semana, que continua com Ciro Gomes, do PDT (23, terça), Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (25, quinta) e Simone Tebet, do PMDB (26, sexta).

PANELAS NO HORÁRIO NOBRE

Bolsonaro não passou ileso de panelaços durante sua sabatina com William Bonner e Renata Vasconcellos.

Grandes cidades do país tiveram panelaços na noite desta segunda-feira (22) durante a transmissão da entrevista na Rede Globo.

Em bairros como Santa Cecília (região central), Vila Mariana (zona sul), Pinheiros (zona oeste) e Tatuapé (zona leste), em São Paulo, foram registrados protestos contra o presidente nas janelas e sacadas dos edifícios.

No Rio, ocorreram em Botafogo e Ipanema, na zona sul, e em Salvador, no Vale do Canela. Também houve registros em Brasília e em Porto Alegre, entre outras capitais.
O protesto tinha sido convocado ao longo do dia nas redes sociais.

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