Passadas duas semanas das eleições presidenciais, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) continua recluso no Palácio da Alvorada. Nos últimos dias, o mandatário não deixou nenhuma vez a residência oficial e até deixou de fazer a sua transmissão ao vivo de toda quinta-feira.
Após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro foi apenas duas vezes ao Palácio do Planalto, sendo uma delas para uma rápida conversa com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Em sua agenda oficial, Bolsonaro teria tido 12 reuniões, a maioria com ministros de governo, como o da Saúde Marcelo Queiroga, da Casa Civil Ciro Nogueira e do Meio Ambiente Joaquim Leite.
Lula
Em contrapartida, o presidente eleito, Lula, está bem ativo desde que voltou da sua semana de folga pós-eleições na Bahia. Ontem (10), discursou no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição de governo está trabalhando.
Durante fala, o futuro presidente criticou a estabilidade fiscal e defendeu ser preciso colocar as questões sociais na frente de outros temas que interessam, segundo ele, apenas ao mercado financeiro. O questionamento de Lula causou grande impacto no dólar, que subiu, e na bolsa de valores brasileira, que caiu, logo após o discurso.
Na próxima segunda-feira (14), Lula deverá embarcar para a COP-27, que acontece no Egito. Lá, o presidente eleito já tem marcadas ao menos dez reuniões bilaterais com representantes mundiais, como China, Estados Unidos e Alemanha.
