No último sábado, durante viagem a Dubai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se encontram com o dono de três offshore e emir da cidade, o sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum.
O sheik foi citado em relatório da Pandora Papers em outubro como dono das empresas Tandem Investco Limited e Tandem DirectorCo Limited, nas Ilhas Virgens Britânicas, e Allied International Investments Limited, nas Bahamas.
Na mesma lista, Guedes também foi citado como proprietário da empresa Dreadnoughts International Group, nas Ilhas Virgens Britânicas. A empresa possuía US$ 9,5 milhões quando foi criada, em 2014.
Offshore
No documento publicado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), mais de 330 políticos, funcionários públicos de alto escalão, empresário e artistas de 91 países foram citados como donos ou ex-donos de empresas offshore.
No Brasil, além de Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foi citado como um desses proprietários.
Offshore, em tradução livre, significa “além da costa”, ou seja, algo que está fora do país. No caso de empresas, esse termo é utilizado quando companhias são abertas em países diferentes de onde seus proprietários moram.
Em geral, essas empresas são abertas em países conhecidos como “paraísos fiscais”, onde aplicações podem ser feitas sem que seja necessário uma comprovação e o sigilo bancário é garantido, o que facilitaria lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.
