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Política & Poder

Bolsonaro: “Dinheiro no bolso de ‘ongueiro’ não combate incêndio nem planta árvore”

Para presidente, ONGs querem derrubá-lo porque atual governo acabou com repasse de verbas às entidades

Willian Matos

22/08/2019 9h23

Foto: DCI

Willian Matos
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Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a falar sobre Organizações Não Governamentais (ONGs) e incêndios florestais na Amazônia. O chefe do Executivo acredita que as organizações querem derrubá-lo.

Ainda sem provas, Bolsonaro afirma que as ONGs poderiam ser responsáveis pelas queimadas. “Quer que eu culpe os índios? Os marcianos? Pessoal de ONG perdeu a teta dele e tem indícios fortes, mas não se tem prova disso se não pegar em flagrante”, ponderou.

Indagado se poderiam ser fazendeiros os responsáveis pelos incêndios, ele concordou. “Pode, pode ser fazendeiro, pode. Todo mundo é suspeito, mas a maior suspeita vem de ONGs”, reforçou. 

De acordo com o presidente, as ONGs “perderam dinheiro” e “estão desempregadas”, por isso, teriam interesse em fazer uma campanha contra o governo. “Não se tem prova disso, meu Deus do céu. Ninguém escreve isso, vou queimar lá, não existe isso. Se você não pegar em flagrante quem está queimando e buscar quem mandou fazer isso, que isso tá acontecendo, é um crime que está acontecendo.”

Frisando que o governo dele foi o responsável por cortar verbas às entidades, Bolsonaro comentou. “As ONGs perderam dinheiro que vinha da Noruega e da Alemanha e têm que fazer o que? Tentar me derrubar. Dinheiro no bolso de ‘ongueiro’ não combate incêndio nem planta árvore”, afirmou.

Mídia

O presidente criticou a imprensa, demonstrando descontentamento quanto à forma a situação da floresta amazônica tem sido noticiada na mídia. “E se o mundo começar a impor barreiras, se o agronegócio der para trás e a economia piorar? A vida de vocês [jornalistas] vai estar tão complicada como a de todos os brasileiros. A imprensa está cometendo um suicídio”, disse.

“O Brasil vai chegar à situação da Venezuela, é isso o que a grande imprensa quer”, declarou. “Se o mundo lá fora começar a impor barreiras comerciais, nosso agronegócio vai começar a dar para trás, a vida de você (jornalistas) vai estar complicada como a de todos.”

Com agências

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