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Política & Poder

Bolsonaro avança e tem empate técnico com Lula no estado de São Paulo, aponta pesquisa

A pesquisa mostra ainda que o ex-governador Márcio França (PSB) pode ter acertado na decisão de abrir mão da candidatura ao Executivo

FolhaPress

11/08/2022 15h24

Foto: Miguel Schincariol e Sergio Lima/AFP

Júlia Barbon
Rio de Janeiro, RJ

O presidente Jair Bolsonaro (PL) empatou tecnicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de voto para os dois turnos no estado de São Paulo, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (11).

A preferência dos eleitores no atual mandatário no primeiro turno oscilou de 32% para 35% com relação ao início de julho, enquanto o petista permaneceu com 37%. A diferença entre eles, portanto, diminuiu de 5 para 2 pontos percentuais, dentro da margem de erro.

O mesmo aconteceu no segundo turno, em que Bolsonaro variou de 37% para 40% e Lula, de 46% para 44%. A análise considera a pesquisa estimulada, ou seja, em que os entrevistadores leem os nomes dos concorrentes para o entrevistado.

Foram ouvidas 2.000 pessoas acima de 16 anos presencialmente de 5 a 8 de agosto, com margem de erro de 2,4 pontos percentuais.

O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial, e foi registrado sob os números SP-05318/2022 e BR-03964/2022.

A sondagem mostra que o crescimento de Bolsonaro entre os paulistas desde o início do ano é generalizado, mas foi puxado principalmente pelos homens. O presidente agora ultrapassou Lula nesse público fora da margem de erro: tem 40%, contra 34% do rival.

O aumento também aparece entre a população de renda familiar mais baixa (até 2 salários mínimos) e mais alta (mais de 5 salários), entre os evangélicos (onde o mandatário tem 22 pontos de vantagem sobre o petista) e entre os que recebem o Auxílio Brasil.

Nesse último grupo o presidente subiu de 20% para 29% no mês, enquanto o petista oscilou negativamente de 54% para 51%, indicando que o aumento do valor do benefício pelo governo pode estar surtido efeito no cenário eleitoral nacional.

Já na corrida estadual, a situação é de estabilidade no primeiro turno, de acordo com a Quaest. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) segue à frente na disputa marcando 34%, contra 14% de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Rodrigo Garcia (PSDB).

Considerando as pesquisas desde março, quando tinha 6%, o atual governador cresce continuamente, talvez fruto de uma melhora na avaliação de seu governo. Os que o consideram regular subiram de 36% para 41%, e os que o avaliam como negativo oscilaram de 20% para 17%.

No segundo turno, tanto Rodrigo quanto Tarcísio (candidato de Bolsonaro) reduzem a distância para Haddad. O primeiro cresceu de 27% para 32% no último mês, contra os 41% estáveis do petista. O segundo oscilou positivamente de 28% para 31%, ante 44% do ex-prefeito.

Ambos são desconhecidos por sete em cada dez eleitores do estado, mas, por outro lado, o petista é muito conhecido e muito rejeitado. Rodrigo tem como vantagem o fato de que a maior parcela do eleitorado prefere que vença um candidato independente, sem aliança com Lula ou Bolsonaro.

A pesquisa mostra ainda que o ex-governador Márcio França (PSB) pode ter acertado na decisão de abrir mão da candidatura ao Executivo. Ele tem 29% das intenções de voto ao Senado e larga vantagem sobre o ex-ministro Marcos Pontes (PL), com 12%.

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