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Política & Poder

Bolsonaro anuncia mudanças em ministérios

Sem dar detalhes, presidente disse que vai promover uma “pequena mudança ministerial” na próxima segunda (26). Onyx e Ramos estariam na mira

Redação Jornal de Brasília

21/07/2021 9h50

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que deve promover mudanças em alguns ministérios na próxima segunda-feira (26). Bolsonaro classifica a alteração como “pequena mudança ministerial”.

“Estamos trabalhando, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, e para a gente continuar aqui administrando o Brasil”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan. “Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos”, completou.

Bolsonaro tem sido pressionado pelo Centrão a mexer na articulação política do governo e a substituir os ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral). O senador Ciro Nogueira (PP-PI) é cotado para a Casa Civil; já Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, pode surgir na vaga de Onyx.

Dirigentes do Centrão avaliam que Onyx só trabalha para construir sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022, e não ajuda na articulação política. Além disso, a percepção desses aliados é que a forma como ele atacou o deputado Luis Miranda (DEM-DF) – que acusou o governo de acobertar um esquema de corrupção nas negociações para compra da vacina indiana Covaxin – provocou efeito bumerangue e acabou levando Bolsonaro para o meio da crise.

O general Ramos, por sua vez, vem sendo apontado por governistas como o ministro que deu informações erradas ao presidente sobre a votação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, na semana passada, fazendo com que Bolsonaro acusasse o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), de “atropelar o regimento” na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Apesar da pressão de dirigentes do Centrão – que estão retornando a Brasília, nos próximos dias, para conversar com o presidente – , ainda não se sabe como e quando será a reforma na equipe. Ramos, por exemplo, é amigo de Bolsonaro, que sempre quer mantê-lo por perto e, no máximo, pode trocá-lo de cargo. Com Estadão Conteúdo

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