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Política & Poder

Barroso diz que ‘perdeu, mané’ foi reação ‘singela’ diante de ‘violências sofridas’

A afirmação do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que disse a um manifestante em Nova York “perdeu, mané. Não amola”, viralizou

FolhaPress

18/11/2022 9h31

MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP

A afirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que disse a um manifestante em Nova York “perdeu, mané. Não amola”, viralizou e inspirou dezenas de memes nas redes sociais.

O magistrado afirmou à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que ela foi uma reação à violência que ele e outros quatro magistrados da Corte sofreram na cidade.

Convidados para participar da Lide Brasil Conference, os ministros foram cercados nas ruas por bolsonaristas, que chegavam a urrar na direção deles com xingamentos.

“Depois de três dias cercado e seguido por manifestantes selvagens, que gritavam palavrões, ofensas e ameaças de agressão, que tentaram quebrar os vidros da van em que estávamos e virá-la em plena 5ª Avenida em Nova York, que invadiram o telefone de minha filha com grosserias e ameaças, tive uma singela reação, nem de longe próxima ao nível das violências sofridas. É lamentável que algumas pessoas critiquem apenas a violência daqueles que não gostam, considerando legítima a selvageria de seus adeptos”, disse Barroso em mensagem por WhatsApp.

Os ataques dos bolsonaristas aos ministros mobilizaram a polícia da cidade norte-americana e até mesmo a polícia diplomática dos EUA.

Na segunda-feira (14), primeiro dia do evento -e segundo dos protestos, que começaram no domingo (13)-, o Departamento de Polícia de Nova York (New York Police Department, ou NYPD), alertado pelo consulado-geral do Brasil na cidade, chegou a enviar oito policiais para a porta do Hotel Sofitel, onde os magistrados estavam hospedados.

Com o aumento da agressividade dos manifestantes, o efetivo quase dobrou no dia seguinte, para 15 policiais.

Cerca de metade deles eram do setor de inteligência. Se vestiam à paisana e não eram identificados como agentes pelos bolsonaristas, segundo uma fonte diplomática que participou das negociações com o NYPD.

Outra parte estava uniformizada e fazia o policiamento ostensivo. E um terceiro grupo usava uniformes de tropa de choque. Sete viaturas tiveram que ser deslocadas para o hotel.

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