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Política & Poder

Aziz manda recado para Bolsonaro: “Pare de se olhar no espelho”

“Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui”, disse Bolsonaro

Geovanna Bispo

30/06/2021 15h12

Omar Aziz

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Durante depoimento do empresário Carlos Wizard à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o presidente da mesa, o senador Omar Aziz (PSD-AM), ao ler uma reportagem em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia chamado os integrantes da Comissão de “bandidos” e outros adjetivos, Aziz mandou uma mensagem para Bolsonaro: “Pare de se olhar no espelho e falar com ele. Quando a gente fala com o espelho, dá nisso.”

Bolsonaro visita, nesta quarta-feira (30), o Mato Grosso do Sul, onde ignorou a denúncia de oferta de propina na compra da vacina indiana Covaxin. O presidente ainda afirmou que mentiras não irão tirá-lo do Palácio do Planalto. “Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo”, disse em discurso de improviso.

Ontem, a Folha de S. Paulo revelou que Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, afirmou que recebeu pedido de propina do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, de U$ 1 por dose em troca de fechar contrato com a Saúde. A empresa buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca.

Roberto Dias foi exonerado do cargo, com demissão publicada no Diário Oficial do União desta quarta-feira. Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Covaxin

Além do suposto pedido de propina, outra polêmica ronda o contrato de compra dos imunizantes contra a covid-19. Na última quarta-feira (23), o deputado Luís Miranda (DEM-DF) contou que o seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, teria sofrido pressões para que o contrato da vacina fosse assinado, mesmo com diversos erros.

Segundo os irmãos, eles chegaram a falar sobre os acontecimentos para Bolsonaro, que, além de dar o nome de Ricardo Barros, como possível responsável, também prometeu que investigaria as irregularidades.

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