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Política & Poder

Autores de carta pela democracia reafirmam defesa da eleição às vésperas do 7 de Setembro

A carta pela democracia ficou aberta para adesões até o dia 15 de agosto e terminou com mais de 1 milhão de assinaturas

FolhaPress

06/09/2022 14h46

Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

Uirá Machado
São Paulo, SP

Os autores de uma das cartas pela democracia lidas no dia 11 de agosto disparam nesta terça-feira (6) uma mensagem de agradecimento aos mais de 1 milhão de signatários do documento.

No novo texto, chamado “Independência e democracia”, eles reafirmam o compromisso com a Constituição e dizem que o acatamento do resultado eleitoral é um valor inquestionável.

A mensagem chega às vésperas das manifestações pelo 7 de Setembro. A data, comemorativa do Bicentenário da Independência do Brasil, tem sido utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para fins político-eleitorais.

Como mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo, empresários e movimentos de direita têm bancado caravanas para levar milhares de pessoas aos eventos em Brasília, no Rio e em São Paulo, com o objetivo de demonstrar apoio a Bolsonaro.

No 7 de Setembro do ano passado, o presidente fez um discurso golpista, recheado de ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal). Existe receio de que ele repita o tom agora.

Na mensagem aos signatários da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, não há menção direta às ameaças golpistas de Bolsonaro –assim como não havia na própria carta, construída de maneira apartidária para conquistar máximo apoio.

A estratégia deu certo. O evento na Faculdade de Direito da USP, no dia 11 de agosto, teve participação de diversos setores da sociedade.

A carta pela democracia ficou aberta para adesões até o dia 15 de agosto e terminou com mais de 1 milhão de assinaturas; no dia seguinte, começou a campanha eleitoral.

O texto desta terça diz: “Agora comemoraremos o Bicentenário da Independência do Brasil. Homenagear o 7 de Setembro é também reafirmar o compromisso com a democracia e com a Constituição de 1988”.
A mensagem continua: “Uma nação independente pressupõe o respeito às instituições e à vontade livre das cidadãs e cidadãos, sendo o acatamento do resultado da eleição um valor inquestionável”.

Bolsonaro não é citado, mas ele já questionou a lisura das eleições em diversas oportunidades, como em um evento para o qual chamou os embaixadores estrangeiros no Brasil.

O agradecimento aos signatários termina da mesma forma que a carta: “Estado de Direito Sempre!”.
Seus autores são os mesmos seis que começaram o movimento do 11 de agosto: Antonio Roque Citadini (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de SP), Dimas Ramalho (presidente do Tribunal de Contas do Estado de SP), Luiz Antonio Marrey (procurador de Justiça em SP), Ricardo de Castro Nascimento (juiz federal), Roberto Vomero Mônaco (advogado) e Thiago Pinheiro Lima (procurador-geral do Ministério Público de Contas do Estado de SP).

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