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Política & Poder

Assessor do senador Marcos Rogério é preso em Operação Alcance

A operação investiga uma organização criminosa que envia drogas da região Norte para a cidade de Fortaleza

Redação Jornal de Brasília

02/09/2021 20h20

Atualizada 03/09/2021 0h11

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Operação Alcance, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu na quarta-feira (1°), um assessor parlamentar do senador Marcos Rogério (DEM-RO), defensores do governo Jair Bolsonaro na CPI da Covid.

As autoridades cumpriram mandatos de busca e apreensão em Rondônia, no Ceará, em Roraima e em Minas Gerais. A operação investiga uma organização criminosa que envia drogas da região Norte para a cidade de Fortaleza.

De acordo com a polícia federal, Marcelo Guimarães Cortez Leite era lotado no gabinete de Marcos Rogério em Porto Velho. Aproximadamente 200 policiais federais cumprem os 102 mandados judiciais, sendo 42 de prisão preventiva e 60 de busca e apreensão, também em Cacoal/RO, Guajará-Mirim/RO, Fortaleza/CE, Boa Vista/RR e Santa Luzia/MG.

Com base no Portal de Transparência da Casa, Leite recebia salário de R$ 4.553,53. Após o anúncio da prisão, o parlamentar disse que exonerou o assessor no mesmo dia.

A PF afirma que não há sinais de que o esquema pelo qual o assessor é acusado tenha relação com o senador.

Entenda caso

As investigações foram iniciadas em agosto de 2020, com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da organização criminosa (ORCRIM) sediada em Porto Velho e liderada por indivíduo foragido, condenado em 2015 a aproximadamente 40 anos de prisão por tráfico, associação e lavagem de dinheiro.

Durante as investigações, constatou-se que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga em carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da ORCRIM em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.

Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a ORCRIM chegou a receber R$1,5 milhão no interstício de 15 dias.

Há empresa com movimentação financeira de aproximadamente R$ 85 milhões em 2020 sem sequer possuir sede física. Parte do patrimônio estava sendo ocultado por meio de postos de gasolinas, empresas, garagem de veículos, sítios, jet-ski e imóveis de luxo.

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