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Política & Poder

Assad diz que foi assediado por emissários da Mesa da Câmara para pagar propina

Editor JBr

27/10/2016 10h28

Hugo Barreto

Francisco Dutra
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Uma das principais testemunhas da Operação Drácon e presidente da Asbraco, Afonso Assad, compareceu ao depoimento na CPI da Saúde. O advogado do empresário, Rafael Moreira, solicitou que o depoimento fosse fechado e também apresentou um Habeas Corpus de salvo conduto para que Assad pudesse ficar calado.

Realizada pelo Ministério Público e a Polícia Civil, a Drácon investiga um suposto esquema de cobrança de propina de emendas da Câmara Legislativa para o pagamento de dívidas do GDF com empresários. O golpe estaria sendo conduzido pela Mesa Diretora da Casa.

Em depoimento para o MP, Assad teria dito que foi assediado por emissários da Mesa para pagar propina. O empresário declarou que não aceitou a proposta. Desde que o caso ganhou as manchetes, Assad não era visto em público.

Com o argumento que a Mesa poderia atrapalhar as investigações, a Drácon solicitou o afastamento temporário da Mesa. Por força de decisão do Tribunal de Justiça, os secretários da Mesa conseguiram voltar para os cargos. Por outro lado, a presidente da Casa, deputada distrital Celina Leão, continua afastada e atualmente recorre no Superior Tribunal de Justiça para recuperar o cargo.

Hugo Barreto

Hugo Barreto

Hospital do Câncer 

A base governista blindou o Hospital do Câncer da Criança José de Alencar na CPI da Saúde. Os deputados Agaciel Maia (PR), Lira ( PHS) e Luzia de Paula (PSB) votaram contra a quebra do sigilo fiscal, telefônico e telemático do Instituto de Câncer Infantil e Pediatria Especializada, uma das instituições gestoras do Hospital da Criança. O instituto é alvo de investigação do Ministério Público de Contas do DF.

O presidente da CPI, deputado Wellington Luiz ( PMDB) e o presidente do PT na Câmara, deputado Wasny de Roure votaram pela quebra dos sigilos. A questão esquentou os ânimos da comissão. Agaciel e Lira negaram que tenham seguido qualquer instrução do governador sobre a questão. Alegaram que votaram pelas próprias convicções. O Hospital da Criança é ferido por uma Organização Social, cujo modelo é defendido pela gestão Rollemberg.

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