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Política & Poder

Após ligar centrão a ladrões, general Heleno agora diz que mudou de opinião e que bloco nem sequer existe

Durante a convenção do PSL para as últimas eleições presidenciais, o general cantarolou: “Se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”

Redação Jornal de Brasília

20/05/2021 14h33

Washington Luiz
Brasília, DF

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, disse nesta quarta-feira (20) que mudou sua opinião sobre o centrão. A declaração ocorreu em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

Questionado se mantinha as críticas feitas, em 2018, ao grupo político que hoje sustenta o governo do presidente Jair Bolsonaro, Heleno afirmou que não tem mais a mesma opinião que tinha na época.

À época, durante a convenção do PSL para as últimas eleições presidenciais, o general cantarolou: “Se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”. A cena foi filmada e postada nas redes sociais.

Em sua versão, o ministro canta “centrão” no lugar de “ladrão”, que consta na letra original composta por Ary do Cavaco e Bebeto Di São João.

“Sobre centrão: aquela brincadeira que eu fiz foi numa convenção do PSL, na época da campanha eleitoral. Naquela época existia, à disposição na mídia, várias críticas ao centrão. Não quer dizer que hoje exista centrão.”

“Eu não tenho hoje essa opinião e nem reconheço hoje a existência desse centrão. Então, naquela época é uma situação. A evolução de opinião faz parte da vida do ser humano”, completou.

A convenção que definiu Bolsonaro como candidato à Presidência foi cheia de críticas ao centrão. “Querem reunir todos aqueles que precisam escapar das barras da lei num só núcleo. Daí criou-se o centrão. O centrão é a materialização da impunidade”, afirmou o general em outro momento, em 2018.

Na campanha, o centrão continuou a ser alvo de Bolsonaro, sendo classificado como exemplo de velha política. Formado por parlamentares adeptos ao “toma lá, dá cá”, o centrão reúne cerca de 200 dos 513 deputados e, desde 2020, virou a esperança do presidente de ter uma base de sustentação no Congresso.

As informações são da FolhaPress

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