Menu
Política & Poder

Apoio ao Orçamento de Ricardo Nunes por vereadores do PT gera tensão no partido

Dos oito vereadores, apenas dois foram contrários à proposta do Executivo, e os demais a apoiaram, em sessão na terça-feira (20)

FolhaPress

25/12/2022 19h08

Foto: Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo

Fábio Zanini e Guilherme Seto
São Paulo, SP

A votação do Orçamento de 2023 da gestão Ricardo Nunes (MDB) na Câmara Municipal de São Paulo criou tensão na bancada do PT.

Dos oito vereadores, apenas dois foram contrários à proposta do Executivo, e os demais a apoiaram, em sessão na terça-feira (20). O texto foi aprovado com 44 votos favoráveis e 8 contrários.

Historicamente, o PT se coloca contra o projeto do Orçamento, como uma forma de protesto em relação às prioridades definidas pelo governo na distribuição de recursos. Em 2021, a bancada votou em bloco contra a proposta.

Desta vez, apenas Antonio Donato e Eduardo Suplicy se posicionaram contrariamente. Senival Moura, líder da bancada, disse que os petistas poderiam votar como quisessem. Jair Tatto defendeu o voto favorável.

A votação contribuiu para aumentar a tensão no PT em São Paulo. Como mostrou o Painel, um encontro no começo de dezembro entre Nunes e o deputado federal eleito Jilmar Tatto (PT-SP) gerou desconforto em lideranças do PT na capital.

O encontro foi realizado para discutir a proposta de tarifa zero nos ônibus da cidade, que tem sido estudada por Nunes. Donato publicou mensagem crítica a respeito do tema nas redes sociais, afirmando que Tatto, sem citá-lo nominalmente, havia proposto um acordo eleitoral para 2024. O prefeito e Tatto negam.

O incidente fez com que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmasse a Guilherme Boulos (PSOL) que o candidato à prefeitura que será apoiado pelo PT será o líder do MTST e que quem se colocar contra esse acerto estará contra ele.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado