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Política & Poder

Anvisa autoriza estudo com proxalutamida contra covid-19

Bolsonaro defendeu o uso do medicamento contra a doença e disse que vai se reunir com o ministro da Saúde para conversar a respeito

Willian Matos

19/07/2021 9h23

Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), a realização de estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida contra a covid-19. As pesquisas devem dizer se o remédio é mesmo capaz de reduzir a infecção viral e o processo inflamatório causados pela doença.

A proxalutamida foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, embora não esteja comprovada eficácia. No domingo (18), ao ter alta de um hospital em São Paulo após problemas no intestino, Bolsonaro disse que se a mãe dele fosse infectada pelo vírus, “autorizaria o tratamento dela com proxalutamida”.

O estudo da Anvisa sobre o medicamento será de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Participam da pesquisa apenas pacientes ambulatoriais do sexo masculino infectados pela covid de forma leve a moderada. A empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, patrocina os trabalhos, que serão realizados na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil. No Brasil, participarão 12 voluntários do estado de Roraima e outros 38 de São Paulo.

Terceira dose da AstraZeneca

A Anvisa autorizou hoje ainda um estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca. Participarão da pesquisa as mesmas pessoas que estiveram no estudo inicial e que receberam as duas doses do imunizante com um intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose. Esta terceira injeção será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.

Trata-se de um estudo de fase III, controlado, randomizado, simples-cego. Isto é, o voluntário não vai saber se tomou uma dose da vacina ou de placebo. Serão incluídas pessoas com idade entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Não serão incluídas gestantes ou pessoas com comorbidades.

Diferentemente do estudo com a proxalutamida, este referente à terceira dose da AstraZeneca será feito apenas no Brasil, nos seguintes estados:

  • Bahia (1,5 mil voluntários)
  • Rio de Janeiro (1,5 mil voluntários)
  • Rio Grande do Sul (3 mil voluntários)
  • Rio Grande do Norte (1,5 mil voluntários)
  • São Paulo (2,5 mil voluntários)

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