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Política & Poder

André Porciuncula, número 2 de Mário Frias, volta ao governo Bolsonaro

André Porciuncula, ex-braço direito de Mario Frias, voltou à secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), agora como secretário

FolhaPress

19/10/2022 10h37

Foto: Divulgação/EBC

CAROLINA MORAES
BRASÍLIA, DF

André Porciuncula, ex-braço direito de Mario Frias, está de volta à secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), agora como secretário adjunto -antes, ele foi secretário de Fomento e Incentivo, setor responsável pela Lei Rouanet.

O ex-policial militar deixou a pasta no primeiro semestre para tentar um cargo como deputado federal pela Bahia, mas não se elegeu.

A gestão de Frias à frente da Secretaria Especial da Cultura e com Porciuncula como secretário de fomento foi marcada por um apoio explícito a projetos armamentistas, críticas às leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e um desmonte da Lei Rouanet, que passou por uma reestruturação que alterou radicalmente o funcionamento da medida.

Neste que é o principal mecanismo de incentivo à cultura do país, os cachês foram limitados a R$ 3.000 e patrocinadores foram impedidos de investir num mesmo projeto por mais de dois anos seguidos, dificultando a perenidade das relações no setor.

A Cultura sob Frias também teve baixa execução orçamentária. Do orçamento de R$ 1,77 bilhão de 2020 foram usados R$ 608,7 milhões, e do total aprovado de R$ 1,69 bilhão para 2021 foram empenhados R$ 620,1 milhões, segundo o Portal da Transparência. A pasta perdeu metade de seu orçamento federal entre 2011 e 2021.

Frias e Porciuncula chegaram a se tornar alvo de representações junto à Procuradoria-Geral da República, a PGR, e ao Tribunal de Contas da União, o TCU, após defenderem a utilização da Rouanet para financiar conteúdos armamentistas.

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