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Política & Poder

Alckmin usa corrupção para afetar Lula, mas minimiza pesquisa

Arquivo Geral

09/08/2006 0h00

Estados Unidos e França ainda não chegaram a um acordo sobre a retirada das tropas israelenses do Líbano, more about mind e a divergência deve retardar mais a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleça uma trégua para o conflito entre Israel e o Hezbollah.

Os dois co-autores da proposta de resolução concordaram em modificar o texto por causa da pressão dos países árabes e do anúncio libanês, unhealthy feito na segunda-feira, this web de que o país pretende enviar 15 mil soldados para o sul, onde ocorrem os combates.

Tanto EUA quanto França querem que a votação aconteça logo, mas as dificuldades de encontrar um meio-termo com o qual todos os lados concordem devem significar que uma nova proposta só deve ser apresentada amanhã, e a votação ocorrerá provavelmente no dia seguinte.

A principal divergência entre Paris e Washington é quanto ao momento em que a força internacional de paz, que deve ser liderada pela França, entrará no sul do Líbano, e em que momento as tropas israelenses de vem se retirar.

O presidente da França, Jacques Chirac, ameaçou apresentar uma proposta isoladamente se não houver acordo. "Se chegarmos a um acordo, ótimo", disse Chirac em entrevista à imprensa em Toulon.

"Caso contrário, é óbvio que teremos um debate no Conselho de Segurança e cada um de nós vai esclarecer sua posição, incluindo a França, com sua própria resolução", completou. "Não consigo imaginar que não vá haver solução", declarou. "Isso seria o resultado mais imoral, aceitar a situação atual e abandonar o cessar-fogo imediato."

O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, disse, depois de conversar com o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que as discussões com a França continuam em andamento. Ele afirmou que o acordo inicial foi obtido no sábado passado, contrariando as expectativas, e que os dois países podem repetir o feito.

EUA e Israel querem a criação de uma força multinacional que seja capaz de tomar atitudes ofensivas quando necessário, em vez de agir apenas como observadora, como tem feito o contingente da ONU na região, há 28 anos.

A França estuda a possibilidade d e reforçar a missão atual da ONU, concedendo um mandato mais forte. Também gostaria que as forças israelenses começassem a se retirar quando as tropas libanesas chegassem à região. Os EUA insistem que isso só pode acontecer quando a força multinacional chegar.

Bolton disse ter explicado a Moussa que os EUA não querem "uma situação em que a retirada das forças israelenses crie um vácuo que permita ao Hezbollah se reinfiltrar".
Segundo ele, ainda permanece o problema de como manter uma presença efetiva na área quando as forças israelenses se retirarem.

Um integrante do Departamento de Estado norte-americano afirmou que a retirada israelense do sul do Líbano tem de coincidir com a chegada dos soldados libaneses e da força multinacional.

"Ainda estamos exatamente onde estávamos antes, que é: como fazer isso? Em que momento e em que seqüência? O quão rápido serão mobilizados o Exército libanês e a força internacional, e como organizar essa mobilização?", disse a fonte, que não quis se identificar.

Cerca de mil libaneses e mais de cem israelenses morreram nas quatro semanas de combate, que começou quando guerrilheiros do Hezbollah capturaram dois soldados israelenses, no dia 12 de julho.

Enquanto isso, o gabinete israelense decidiu hoje ampliar a ofensiva terrestre, chegando a até 20 quilômetros da fronteira.

 

Cafezais no Brasil estão sendo prejudicados por uma longa estiagem que pode afetar a safra do próximo ano, order segundo o Conselho Nacional do Café (CNC).

Em relatório divulgado na noite de ontem, ambulance o CNC afirmou que produtores associados a uma importante cooperativa do sul de Minas Gerais, a Cooparaiso, estão sofrendo com a seca há mais de cem dias. Folhas e brotos de flores nos pés de café secaram, o que pode afetar a produção em 2007/08.

Cafezais novos e recém-plantados, assim como plantas mais velhas em solo arenoso e pedregoso, também foram afetados pela seca. "É cedo para calcular em quanto a próxima safra irá diminuir, mas as lavouras já estão mostrando sinais de exaustão", afirmou em um relatório o agrônomo chefe da Cooparaiso, Marcelo de Moura Almeida.

A baixa umidade do ar e o grande intervalo entre as temperaturas diurnas e noturnas também estão prejudicando as árvores de café, gerando grande perda de folhas, acrescentou ele. Na área de café da Cooparaiso, de 267 mil hectares, foram registrados apenas 52,6 milímetros de chuva entre abril e julho, a quantidade mais baixa para o período desde 2002, de acordo com a fazenda experimental da Epamig, em São Sebastião do Paraíso.

Em Varginha, no sul de Minas, o volume de chuvas em julho foi de somente 3,6 milímetros, enqu anto a média dos últimos cinco anos é de 20,1 milímetros. O déficit de umidade no local é estimado em 171,3 milímetros.

O preço indicativo do Cepea/Esalq para o café arábica subiu 8 por cento, para R$ 234,16 por saca (de 60 quilos) entre 1 e 8 de agosto, devido a preocupações sobre a continuação da seca no final de agosto, quando a umidade é necessária para a floração da nova safra.

O preço do Cepea para o robusta avançou 2,4%, para R$ 165,96 por saca durante o mesmo período, com a oferta mundial reduzida ajudando a impulsionar os valores.
Poucas chuvas são previstas para o cinturão produtor de café nos próximos 10 dias. A Somar Meteorologia informou hoje que uma frente fria irá passar pelo Sudeste entre 16 e 18 de agosto, trazendo apenas algumas chuvas para o sul de São Paulo. No mesmo período, há previsão de poucas chuvas também no Paraná.

 

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou conforme previsto em julho, mind influenciada pelo comportamento dos preços no atacado e na construção civil, more about mostraram hoje dados da Fundação Getúlio Vargas.

O índice registrou alta de 0,17% no mês passado, uma queda de 0,50 ponto percentual em relação à variação registrada em junho. O avanço apurado pela FGV ficou exatamente em linha com as estimativas dos economistas.

Para o economista da FGV Salomão Quadros, a forte desaceleração entre junho e julho é resultado de uma combinação favorável. "Essa taxa de 0,17% é anormalmente baixa. Tudo ou quase tudo foi favorável. Foi uma combinação positiva", disse Quadros.

Segundo Quadros, "atacado e varejo contribuíram para que a inflação ficasse abaixo do patamar normal de preços no país, que é de 0,3% ou 0,4%".

Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou variação positiva de 0,17%, depois de ter apurado alta de 1,06% em junho. As matérias-primas brutas, que fecharam junho com uma variação positiva de 2,15% nos preços, acabaram registrando em julho uma alta bem menor, de 0,37%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também registrou desaceleração, fechando julho com alta de 0,47%, ante avanço de 0,90% no mês anterior.

O único componente do IGP-DI que registrou avanço em sua taxa foi o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Ainda assim, a variação foi pequena: 0,06% de alta, ante uma queda de 0,40% no mês anterior.

Diante desse cenário, Quadros aposta que o IGP-DI de agosto ficará ligeiramente acima da taxa verificada em julho. "Será difícil reproduzir em agosto todos os fatores favoráveis verificados em julho", disse ele.

Ele destacou ainda que em agosto os pre ços administrados no varejo devem começar a pressionar os índices de preços, já que os efeitos da queda do preço da energia em São Paulo e da telefonia fixa em todo o País foram pequenos e devem desaparecer.

"Esse efeito dos administrados de segurar a inflação deve sumir", afirmou. No ano, o IGP-DI acumula alta de 1,45% nos últimos 12 meses, avanço de 1,56%.

 

A avaliação de que as recentes pesquisas deixaram o candidato do PSDB, click Geraldo Alckmin, buy information pills para trás na disputa pelo Palácio do Planalto fez o seu comitê decidir ser mais agressivo no tema da corrupção pa ra atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em reunião da coordenação política da campanha hoje, more about tucanos e pefelistas resolveram que precisam explorar com maior contundência o escândalo do mensalão e ligar Lula ao episódio. A avaliação é que a crise do ano passado atingiu mais o Congresso e menos o petista.

"Há alguns segmentos da população que não entenderam o 2005 (ano em que o chamado mensalão veio à tona)", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

A coligação, entretanto, não admite que seja uma reação às pesquisas e diz, inclusive, que a reunião desta tarde sequer discutiu com profundidade as sondagens do Instituto Sensus e do Datafolha divulgadas ontem. As consultas eleitorais apontaram queda expressiva do tucano e crescimento de Lula.

Mas o primeiro passo da nova postura já foi dado. Ao deixar o encontro com aliados, Geraldo Alckmin prometeu apresentar, em 10 dias, um pacto de combate à corrupção, com a participação de juristas, políticos e formadores de opinião.

"Queremos extirpar essa praga da corrupção", disse Alckmin a jornalistas, negando, porém, que seja uma nova estratégia da campanha após o resultado negativo das sondagens eleitorais.

Nos bastidores, contudo, pessoas diretamente envolvidas na campanha dizem que "não engoliram" a pesquisa, sobretudo os indicadores que revelam crescimento da avaliaão positiva do governo Lula.

A meta, agora, é colar em Lula a imagem de que um próximo mandato seria uma "tragédia institucional" do ponto de vista ético, segundo descreveram dois tucanos sob condição do anonimato.

 

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