Alvo da operação realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (11), o advogado Frederick Wassef, que defendeu a família Bolsonaro em diversas oportunidades, recomprou o relógio Rolex que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu de presente da Arábia Saudita, com o objetivo de entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Para isso, Wassef chegou a desembolsar um valor superior ao obtido na primeira venda do relógio. A informação é da jornalista Natuza Nery.
O artigo de luxo foi ujm presente dado pelas autoridades sauditas ao governo federal, durante uma viagem de Bolsonaro ao país em 2019. Ao perder as eleições de 2022, o então presidente foi para os Estados Unidos antes mesmo de encerrar seu mandato, levando o relógio junto, e lá foi vendido pelo general Mauro Cid, junto com um segundo relógio de luxo da marca Patek Philippe, por um montante de US$ 68 mil – aproximadamente R$ 200 mil.
Em março deste ano, quando a existência dos artigos foi descoberta, a defesa de Bolsonaro assumiu o compromisso de devolver o item. O TCU considera que presentes desse tipo recebidos por autoridades durante o exercício do cargo não são de propriedade delas, mas sim do Estado. Assim, Wassaf achou como solução recomprar o artigo.